A Secretaria Municipal de Meio Ambiente trabalha em conjunto com o Instituto Geológico (IG) do governo do Estado para detalhar informações a respeito das 16 mortes por acidentes e desastres naturais ocorridos nos últimos 25 anos em Mogi das Cruzes.
O número de mortos foi levantado numa pesquisa realizada pelos técnicos do instituto que detalhou as áreas de risco na região do Alto Tietê. Os 16 óbitos por acidentes e desastres naturais foram registrados entre 1994 e 2018.
Entre as cidades mais populosas da região, Mogi só ficou atrás de Itaquaquecetuba que registrou no período 20 mortes, de acordo com o mapeamento. Suzano, por outro lado, teve quatro casos ao longo dos 25 anos estudados.
O secretário de Meio Ambiente, Daniel Teixeira de Lima, informou ao Mogi News que os números, se detalhados, podem ser um instrumento para medir a periculosidade de determinados fenômenos em relação a outros e assim, dar um direcionamento para as políticas públicas de prevenção. "Esses número chegaram para a gente no macro, sem grandes detalhamentos, por este motivo. Nós pedimos mais informações ao técnicos do IG para verificarmos onde essas mortes ocorreram e sob quais circunstâncias", explicou.
Os questionamentos foram realizados numa reunião virtual que ocorreu na última quinta-feira. O encontro foi realizado exatamente para sanar dúvidas sobre o mapeamento do IG que aponta as áreas de risco do município e da região.
"Queremos transformar essas informações sobre as áreas de risco da região em ação efetiva. Não seria interessante para ninguém se o mapeamento ficasse apenas no papel, por isso, convocamos essas reuniões para aprofundarmos a discussão com os técnicos, e assim criarmos planos de prevenção para a cidade", declarou Teixeira.
Queimadas
O secretário de Meio Ambiente aproveitou a oportunidade para falar sobre as queimadas, que são comuns nessa época do ano, e alertar que durante o clima seco pelo qual passamos, qualquer fagulha pode deflagar um grande incêndio.
Segundo ele, até mesmo uma bituca de cigarro pode iniciar o fogo e devorar áreas inteiras de mata, colocando em risco a vida de animais silvestres. Os incêndios também prejudicam a qualidade do ar, afetando os próprios habitantes, podendo agravar doenças respiratórias, principalmente em idosos e crianças. (L.K.)