O vereador Carlos Evaristo da Silva (PSB), denunciado no início do mês pelo Ministério Público (MP) por integrar um esquema de corrupção no Legislativo desistiu de concorrer à reeleição a vereador em novembro deste ano.
O parlamentar se pronunciou pela primeira vez após a deflagração da Operação Legis Easy. Em nota, o vereador afirma que houve uma conclusão interpretativa realizada de modo errado nas mensagens de texto entre os vereadores e que os depósitos realizados em sua conta decorreram de empréstimos pessoais, a fim de dar quitação a compromissos particulares. "Parte destes depósitos, especialmente as do ano de 2019, referiam-se à venda de um automóvel, realizada entre mim e o vereador Mauro Araújo", disse. 
Ainda segundo Evaristo, quando ele e o vereador Araújo falavam por mensagens, em janeiro e dezembro do ano passado, estavam se referindo a troca de cheques datados e não a votação de projetos de lei, como quis supor o MP. "Até mesmo porque no mês de janeiro não existem votações na Câmara, em virtude dos recessos anuais. Nos referíamos às datas dos cheques pré-datados e não à votação dos Projetos de Lei", reforçou.
A Câmara Municipal oficializou na semana passada o afastamento e a suspensão das funções do cargo de vereador de Evaristo, e dos parlamentares Mauro Araújo (MDB), Antonio Lino (PSD), Jean Lopes (PL) e Diego Martins (MDB). O vereador Francisco Bezerra (PSB) - que cumpre prisão domiciliar - não colocou seu nome à disposição no pleito. Os demais parlamentares denunciados concorrerão à reeleição.
O vereador Lino confirmou em entrevista coletiva realizada na última quinta-feira sua versão sobre os fatos. "O impacto na vida pública é grande", admitiu o vereador Lino.
Diegão
Quem também se posicionou após sair da prisão foi o vereador Diegão. Nas redes sociais, o parlamentar afirmou que "às vésperas de uma eleição em que liderava as pesquisas eleitorais, tomou um duro golpe". Fui injustiçado, sem chance de defesa", disse. (F.A.)