Sob um rigoroso protocolo de segurança sanitária, a Prefeitura de Mogi das Cruzes manteve a expectativa de retorno das atividades nas redes municipal e particular de ensino para o dia 7 de outubro. A principio, a previsão de retorno do Comitê Gestor de Retomada Gradativa é a retomada presencial por meio das aulas de reforço. Caso seja adotado o sistema utilizado pela Prefeitura de São Paulo, as aulas começarão com alunos do último ano de cada ciclo (Ensino Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio).
As aulas estão suspensas em Mogi desde o final de março como medida para controle da pandemia da Covid-19. Para que escolas particulares e municipais possam retornar, a comunidade escolar terá que ser ouvida e informada, protocolos sanitários validados e profissionais das escolas treinados para seguir as determinações.
Em reunião realizada na tarde de ontem, o Comitê Gestor explicou para representantes de escolas particulares os principais pontos do protocolo sanitário em elaboração pela prefeitura, que ficará sob avaliação dos empresários do setor até a próxima terça-feira.
Alguns pontos já comuns na rotina da população constam no documento, como o uso obrigatório da máscara, o respeito ao distanciamento social e a frequente lavagem das mãos (quando não for possível, a utilização do álcool em gel). Além disso, a chefe da Divisão de Vigilância Sanitária, Débora Iolanda Cardoso, explicou a necessidade da ventilação natural constante e higienização frequente de cadeiras, mesas e maçanetas.
O presidente do comitê, o vice-prefeito Juliano Abe (MDB), voltou a afirmar que não será possível a retomada em 7 de outubro caso as exigências não sejam atendidas. "Não teremos como retornar com segurança sanitária e jurídica caso não tenhamos este respaldo", completou.
Levantamento
Em São Paulo, estudantes de escolas particulares e de estaduais participaram de um inquérito sorológico entre crianças e adolescentes. O índice de prevalência das escolas particulares foi de 9,7% e da rede estadual, 17,2%. Na rede municipal, 18,4% dos alunos foram contaminados, quase o dobro da rede privada.
Apesar da pressão exercida pelos representantes de escolas particulares, levantamentos como esse apontam que a quantidade de alunos contaminados na rede pública é maior que a particular. Como parte dos alunos já teria tido a doença, pode significar que as chances de contágio entre alunos da rede privada é maior do que das escolas do Estado. Na capital, o prefeito Bruno Covas (PSDB) informou que as aulas presenciais nos ensinos infantil fundamental e médio retornarão para reforço a partir de 7 de outubro.
Alto Tietê
Enquanto o Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) quer unificar a decisão na região, Arujá e Santa Isabel já decretaram o retorno das aulas presenciais apenas em 2021. Salesópolis e Biritiba Mirim devem seguir o calendário estadual que ainda não foi divulgado.