A quarentena decretada em todo Estado de São Paulo para o controle da pandemia do novo coronavírus completou ontem cinco meses de vigência. Decretada em 24 de março, a medida obrigou o fechamento do comércio, mantendo apenas os serviços essenciais, como as áreas de Saúde, alimentação e Segurança, em funcionamento. Em meio a pressões políticas e setoriais, o período foi marcado por centenas de mortes no Alto Tietê, índices históricos de desemprego e disputas políticas a cerca do tema. É certo que a quarentena já foi levada um pouco mais a sério no Brasil, mas ela ainda não acabou, já que mais de mil pessoas morrem diariamente no país.  
21/03
Com 15 mortes em todo o Estado de São Paulo e nenhum óbito registrado no Alto Tietê, o governador João Doria (PSDB) anuncia a quarentena no âmbito estadual, inicialmente pelo período de 15 dias. Estão vetados para funcionamento bares, restaurantes, cafés, casas noturnas, shopping centers e galerias, academias e centros de ginástica, espaços para festas, casamentos, shows e eventos, escolas públicas ou privadas.
24/03
No mesmo dia em que Suzano confirma o primeiro óbito em decorrência da Covid-19 do Alto Tietê, todo o Estado de São Paulo entra na primeira quarentena oficial decretada pelo governo estadual. 
01/04
Um dia após registrar a primeira morte, Mogi das Cruzes inicia a construção do seu hospital de campanha. Em Suzano, Poá, Itaquá e Ferraz, as unidades provisórias também começavam a ser planejadas.
07/04
Quarentena é prorrogada por mais 15 dias. Na oportunidade, nove óbitos já haviam sido notificados no Alto Tietê (cinco em Mogi das Cruzes, dois em Suzano, um em Arujá e outro em Poá). Com exceção de Guararema e Salesópolis, todos os municípios já possuíam casos da doença e, juntos, somavam 131 confirmações para a Covid-19. 
17/04
O governo de São Paulo prorroga a quarentena no Estado para retardar a propagação do coronavírus. A medida vai até o dia 10 de maio. Evidenciando que a pandemia avança de forma intensa, a região já acumula 37 óbitos, a maioria (13) em Mogi das Cruzes e 352 casos da doença.
22/04
O governo estadual confirma que as propostas para a reabertura gradual de comércios e serviços serão submetidas à análise do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo. Começava, então, a se desenvolver o Plano São Paulo de Retomada Econômica, que rege - até hoje - o funcionamento gradual de todas as atividades comerciais.
07/05
Hospital de campanha de Suzano, na Arena Suzano, nas dependências do parque Max Feffer, começa a funcionar, com a transferência de cinco pacientes internados em decorrência do novo coronavírus. O Estado determina que a população deve utilizar  máscaras em locais públicos e privados.
27/05
O governo do Estado anuncia o plano de retomada econômica para os municípios paulistas, determinando que o faseamento seria regionalizado. Já com o plano em vigência, o primeiro contato do Alto Tietê com o Plano São Paulo não agrada, e prefeitos decidem solicitar a revisão da classificação do programa, já que há divergência de informações ligadas ao número de óbitos e leitos disponíveis para o tratamento da doença. Os dez municípios somam 283 mortes e 2.803 casos.
29/05
Após reclamações dos prefeitos, o governo do Estado divide a Região Metropolitana em cinco sub-regiões para as análises que iriam ocorrer dentro do Plano São Paulo. Com isso, os municípios do Alto Tietê se juntaram com Guarulhos, e formam a "Grande São Paulo Leste".
04/06
Grupo Mogi News divulga um dos primeiros levantamentos sobre os prejuízos do setor de comércios e serviços. Segundo estimativa do Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio), os municípios registram, naquela oportunidade, prejuízo diário de
R$ 1,8 milhão com o fechamento, acumulando prejuízo de R$ 129,6 milhões até a data. O Alto Tietê chega a marca de 400 óbitos e 3,8 mil casos da Covid-19. Na mesma data, Mogi das Cruzes chegava aos cem óbitos.
10/06
O Alto Tietê avança da fase vermelha do Plano São Paulo para a laranja, com abertura de shoppings centers, comércio e serviços, com capacidade máxima de 20% no atendimento e horário reduzido a quatro horas seguidas. Já eram 465 mortes e mais de 4,5 mil casos. 
26/06
O governo do Estado realiza mais uma avaliação do Plano São Paulo e, para a surpresa dos prefeitos dos municípios da região, mantém o Alto Tietê na fase laranja. A direção do Condemat diz que vai questionar a avaliação dos critérios que brecaram a evolução para a fase amarela. 
13/07
Com 774 mortes e mais de 10,3 mil casos de Covid-19, a região avança para a fase amarela do Plano São Paulo, na qual se encontra até hoje. Além de atender os setores que permaneciam fechados para atendimento presencial, o avanço representa a permissão de funcionamento do comércio de quatro para seis horas, além do aumento para 40% na capacidade de atendimento.
05/08
O governo do Estado de São Paulo anuncia a liberação para bares, restaurantes, padarias e outros estabelecimentos de alimentação funcionarem no período noturno. Na mesma data, cinemas, teatros e eventos recebem a liberação para funcionamento. Mesmo com a liberação estadual, os municípios do Alto Tietê ainda não têm em atividade os cinemas e teatros.
21/08
Enquanto Mogi das Cruzes atinge a significativa marca de 300 mortes pela Covid-19, a Prefeitura anuncia a data do fechamento do hospital de campanha, marcado para ocorrer em 31 de agosto. Haviam 1.134 mortes e mais de 20,2 mil casos da doença na ocasião. Segundo o secretário municipal de Saúde de Mogi, Henrique Naufel, o Hospital Municipal de Braz Cubas consegue suportar a demanda de novos casos de coronavírus. Caso uma segunda onda da doença atinja a cidade, o Hospital Luzia de Pinho Melo será acionado.
24/08
A região chega a marca de 1.155 mortes pela Covid-19 e mais de 20,8 mil casos confirmados da doença. O sentimento de normalidade já é mais forte e poucas categorias ainda não possuem a liberação para retorno. Os setores que ainda não voltaram - cinemas, artistas, escolas e transportadores escolares - aguardam um maior controle nos casos da doença para poder retomar as atividades.