Pela primeira vez desde o início da pandemia de coronavírus (Covid-19), Mogi das Cruzes registrou geração de empregos formais ao invés da extinção das vagas de trabalho com carteira assinada. Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados ontem, foram criadas 619 oportunidades de trabalho na cidade em julho. No mês passado, foram contratados 2.594 trabalhadores formais, e demitidas 1.975 pessoas.
Desde março, quando os primeiros efeitos da pandemia surgiram, impactando diretamente o mercado, teve início o aumento considerável das demissões ante as contratações. Em março, por exemplo, 1.677 postos de trabalho foram fechados. Em abril, o pior desempenho mensal de 2020 até esta atualização, com registro de fechamento de 2.866 vagas. Situação ainda preocupante em maio, quando 960 postos de trabalho com carteira assinada foram fechados.
Entretanto, os índices de junho já indicavam que o município, bem como a região do Alto Tietê, caminhava, aos poucos, ao reaquecimento da economia. No sexto mês deste ano, 212 vagas foram fechadas, o menor índice desde o início da pandemia.
Antes da restrição aos setores de Comércio e Serviços, o saldo entre as contratações formais e demissões era positivo em Mogi. Em janeiro e fevereiro 1.357 postos de trabalhos foram abertos (sendo 517 em janeiro e 840 em fevereiro), um dos melhores inícios de ano da série histórica.
Melhor resultado
Ainda de acordo com os dados oficiais do Caged, esse também foi o melhor resultado para este mês, desde 2008, quando foram abertos 925 postos de trabalhos com carteira assinada. Ou seja, foi o melhor julho em 12 anos.
O setor que mais contribuiu ativamente para o aumento considerável de contratos firmados, foi o de Serviços, justamente um dos mais impactados diretamente com as medidas restritivas, ao lado do comércio. Para o setor, o saldo foi extremamente positivo, com a admissão de 1.439 profissionais e o desligamento de 945 pessoas, resultando no saldo positivo de 494 novas vagas de trabalho.
Alto Tietê
Seguindo a tendência de retomada na geração de empregos, as cinco cidades mais populosas da região, o G5 do Alto Tietê, registraram em julho índice positivo na relação entre contratações e demissões de empregos formais. Segundo o Caged, foram criadas 1.233 oportunidades de trabalho nos municípios durante julho, confirmando a tendência apresentada em junho, quando, de forma mais tímida, a região já apresentava sinais de recuperação. Na oportunidade, mesmo em meio a pandemia da Covid-19, 116 postos de trabalho foram criados. As vagas em Mogi representam 50% do total criado no G5 do Alto Tietê.