Estudos para antecipar a desativação do hospital de campanha de Mogi das Cruzes, na Avenida Cívica, ao lado do Ginásio de Esportes Hugo Ramos, tiveram início ontem. A proposta é para que a unidade de saúde provisória, prevista para funcionar até final de setembro, encerre suas atividades de atendimento a paciente com coronavírus (Covid-19) no início do próximo mês.
A decisão, segundo o secretário municipal de Saúde, Henrique Naufel, será tomada até sexta-feira, mediante reuniões entre a Secretaria Municipal de Saúde, a Prefeitura e outros expoentes que auxiliam a administração municipal sobre a pandemia do coronavírus na cidade.
Ontem mesmo ocorreu uma das primeiras reuniões acerca do tema entre o secretário Naufel e o prefeito Marcus Melo (PSDB). "Ainda não foi nada definido sobre o fechamento do hospital de campanha", antecipou o titular da Pasta. "Estamos estudando todas as possibilidades. Estamos analisando os prós dessa decisão. A gente está trabalhando com a data de final de setembro, mas talvez aconteça essa antecipação", completou Naufel.
O hospital de campanha de Mogi das Cruzes, que já chegou a ter 49 pessoas internadas simultaneamente, contava, no final de julho, com 31 pacientes recebendo tratamento no local. Atualmente, segundo os dados mais recentes da Secretaria Municipal de Saúde, 12 pessoas são assistidas na unidade com 200 leitos de enfermaria. Dos 264 leitos de enfermaria nas unidades públicas de saúde, contando as 200 vagas do hospital de campanha, 52 leitos do tipo estão sendo ocupados, do total de 264, 19%. Já os de Unidade de Terapia Intensiva (UTI), possuem ocupação atual de 49%, com 40, das 82 vagas, ocupadas.
Com tamanha diminuição no atendimento da unidade instalada na avenida Cívica, a demanda de pacientes necessitando acompanhamento em leitos de enfermaria pode ser diluída entre as outras unidade, o que viabilizaria o fechamento do hospital de campanha.
Idas e vindas sobre a data de fechamento, marcam a trajetória do hospital de campanha. No final do mês passado, com os índices da pandemia do coronavírus ainda altos em Mogi das Cruzes, o Comitê Gestor do Coronavírus previa manter a unidade aberta até o final de setembro. Antes disso, a última previsão era desativá-lo no final de agosto, porém, como já havia adiantado o secretário Saúde a possibilidade de esticar esse prazo era real.
Ainda em julho, quando foi oficializada a permanência da unidade até o final de setembro, o secretário salientou que a nova previsão (final setembro) só não se concretizaria caso houvesse uma inesperada queda abrupta nos principais indicadores relacionados à pandemia, o que, segundo ele, "não parecia que iria acontecer".