A flexibilização cada vez maior do comércio causa divisão entre a população, mas vem sendo um alívio para empresários e lojistas. No Alto Tietê, assim como em todo país, muitos estabelecimentos não suportaram os quase três meses fechados, por conta da determinação do governo do Estado para tentar controlar a pandemia do coronavírus, e tiveram de fechar as portas em definitivo. Outros, ficaram perto disso, mas estão, aos poucos, recuperando o fôlego.
Conforme divulgado pelo Dat nesta semana, os municípios do Alto Tietê deverão permanecer na fase amarela até, pelo menos, 4 de setembro. Apenas depois disso será possível passar à fase verde, segundo avaliação da Secretaria Municipal de Saúde de Mogi das Cruzes.
Ainda que a mudança de fase no Plano São Paulo de Retomada Econômica não ocorra hoje, na nova avaliação que o governo do Estado irá realizar, uma série de medidas já foi tomada para facilitar os comerciantes dentro da própria fase amarela. Inicialmente, a atual fase permitia que os estabelecimentos atendessem clientes por seis horas diárias, até às 17 horas. Agora, porém, todas as atividades são permitidas a funcionar por oito horas diárias, até às 22 horas.
Para Luis Gomes, gerente de restaurante na rua Benjamin Constant, no centro de Suzano, o movimento está voltando. "No começo da quarentena estávamos trabalhando apenas com delivery, agora com a reabertura voltamos a receber os clientes e as coisas começaram a melhorar", disse.
Na mesma rua, outros comerciantes também contaram que a flexibilização contribui para as vendas no setor. Rafael de Lima Vieira, gerente de uma churrascaria, contou que a situação do estabelecimento começou a melhorar, mas ainda teme uma possível diminuição no consumo. "Quando o auxílio emergencial fornecido pelo governo acabar, temo que o ritmo de vendas volte a cair", ponderou.
Na contramão da tendência que os comércios seguiram nos últimos meses, Marcos Vinicius Lopes abriu uma sorveteria há pouco tempo. "A tendência é a normalização, estamos formando nossa clientela e confiantes de que as coisas vão melhorar", contou.
Os consumidores ainda mostram um pouco de insegurança para retornar aos estabelecimentos. Para Jéssica Ferreira de Andrade, ainda é melhor segurar um pouco o ritmo de reabertura. "Os estabelecimentos podem até estar preparados, mas isso não significa que as pessoas estão respeitando as medidas de isolamento", disse.
Maria Helena Cossette acredita que a flexibilização deva ser realizada sem pressas. "Tem gente ainda que não entendeu que usar máscara é obrigatório. É melhor segurar mais um pouquinho e reabrir com calma", disse Maria.
*Texto supervisionado pelo editor.