Mogi das Cruzes ultrapassou ontem a marca de 200 mortes em decorrência de coronavírus  (Covid-19). A significativa quantidade de óbitos foi alcançada um dia após a reabertura de bares, restaurantes, salões de beleza e academias, mesmo que ainda sem nenhuma relação entre o índice e a marca atingida.
O Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), baseado nas informações da Secretaria Municipal de Saúde, informou no final da tarde de ontem que quatro pessoas faleceram no município, sendo dois homens e duas mulheres, fazendo com que o município chegasse aos 202 óbitos.
Mesmo com a recente queda na taxa de letalidade da doença, vinculada à fala do secretário de Saúde, Henrique Naufel, de que Mogi já deve ter iniciado o processo de desaceleração no número de mortes em decorrência da doença, o tempo que se levou para completar essa segunda centena de mortes é menor do que as cem primeiras. Desde o primeiro óbito registrado no município, em 31 de março, foram 66 dias até que chegasse as cem mortes. Entretanto, do centésimo óbito até a marca atual, foram apenas 39 dias.
A projeção para o futuro, no entanto, é mais positiva do que o ocorrido até o momento. Na última semana, a quantidade de mortes pelo coronavírus já estava em desaceleração em Mogi das Cruzes. O fato reafirmou a projeção feita pela Secretaria Municipal de Saúde no início deste mês. Mesmo com a flexibilização das medidas restritivas por conta da pandemia e a retomada gradual das atividades econômicas, o secretário Henrique Naufel já esperava o começo de uma diminuição de casos e mortes por conta da Covid-19, conforme entrevista concedida ao Mogi News.
A queda na quantidade de mortes continuou no mesmo sentido, com o fechamento da semana. Na semana iniciada no dia 5 deste mês, 17 mortes foram registradas no município, ao passo que na semana iniciada em 28 do mês passado, 24 óbitos em decorrência do coronavírus ocorreram no município, retração de cerca de 30%.
Entre as ocorrências, a Covid-19 foi responsável pela morte de uma pessoas de quase 100 anos, bem acima da média de mortes no município, que é de cerca de 65 anos. Uma moradora de Braz Cubas, de 98 anos, que possuía comorbidades e veio a óbito em 26 de maio é, até o momento, a vítima de idade mais avançada até o momento no município. Do outro lado desta realidade, a vítima mais jovem é uma moradora de Jundiapeba, de 33 anos, que morreu em 5 de maio na Santa Casa de Misericórdia. Ela não possuía nenhuma comorbidade.