O Sindicato do Comércio Varejista de Mogi das Cruzes e Região (Sincomércio) enviou ontem à Prefeitura de Mogi um documento com 642 assinaturas de comerciantes que são favoráveis ao adiantamento da flexibilização da quarentena. O objetivo era atingir a margem de mil assinaturas. Na semana passada, o governador João Doria (PSDB) afirmou que o Alto Tietê é uma das regiões que ainda está na zona vermelha e, portanto, sem a possibilidade de retomar parcialmente às atividades comerciais.
O anúncio causou indignação não só aos prefeitos da região, que solicitaram a revisão das determinações, como aos comerciantes também. Eles, por sua vez, procuraram um posicionamento das prefeituras sobre a classificação dos municípios em área vermelha. Isso se deve ao fato de que na capital paulista, considerada como o epicentro do coronavírus, alguns comércios poderão voltar a funcionar ainda nesta semana.
Para Valterli Martinez, presidente do Sincomercio, a expectativa é que a Prefeitura responda o abaixo assinado até a próxima quinta-feira. "Sabemos que tudo depende das decisões do governo do Estado, mas pretendemos ter uma resposta o quanto antes". Martinez também explicou que, caso o pedido seja atendido, os comerciantes vão tomar uma série de medidas para a prevenção do novo vírus.
Por sua vez, a Associação Comercial de Mogi das Cruzes (ACMC) reforçou na sexta-feira passada o apelo à Prefeitura, solicitando também a reclassificação do município em faixa vermelha. "Nós entendemos que sim, é possível retomar o funcionamento das lojas dentro das normas de segurança do Ministério da Saúde, com os devidos cuidados de higiene e distanciamento social", disse a ACMC.
Segundo o presidente da ACMC, Marco Zatsuga, é insustentável a permanência das restrições atuais no comércio, principalmente diante do início da flexibilização na capital.
*Texto supervisionado pelo editor.