A Secretaria Municipal de Assistência Social de Mogi das Cruzes está desenvolvendo a campanha contra o trabalho infantil. O Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, instituído em 2002 pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) em 2002. A data é marcada pela apresentação do primeiro relatório global sobre o trabalho infantil na Conferência Anual do Trabalho. Devido à pandemia, a campanha deste ano, que está sendo feita por meio de divulgação de material on-line, tem como slogan "Covid-19: agora mais do que nunca, protejam crianças e adolescentes do trabalho infantil".
"O objetivo é alertar para os riscos de crescimento do trabalho infantil motivado pelos impactos da pandemia do Novo Coronavírus. Todos nós somos convocados a nos mobilizarmos no combate ao trabalho infantil", destaca Neusa Marialva, secretária municipal de Assistência Social. O trabalho infantil ainda é uma dura realidade para muitas crianças e adolescentes.
Em 2016, segundo os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNADC), 4 milhões de crianças e adolescentes de cinco a 17 anos em situação de trabalho infantil, o que representa 6% da população (40,1 milhões) nesta faixa etária. O trabalho infantil deixa marcas severas na vida de crianças e adolescentes a ele submetidos trazendo muitos prejuízos não só na infância como também na vida adulta.
"Dentre as maiores consequências destacamos os prejuízos à saúde, educação, ao lazer. Uma criança que não brinca pode ter seu desenvolvimento afetado, já na educação destacamos o baixo rendimento escolar e a evasão escolar", observa destaca Célia Tolentino de Campos Mykonios, coordenadora do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti) em Mogi.
O trabalho precoce leva o indivíduo a se sujeitar a menores salários na vida adulta resultado muitas vezes do comprometimento do processo de aprendizagem. Isso propicia uma limitação nas oportunidades de trabalho resultando na perpetuação do processo de pobreza e exclusão social.