Uma das maiores tradições do Dia das Mães foi quebrada neste ano: a de levar a homenageada para almoçar, em família, a algum restaurante.
Com isso, um dos setores que mais sofre com a queda na arrecadação na data de hoje são os donos desses estabelecimentos, acostumados a preparar seus salões para a data e a receber um alto número de clientes. Agora, esse nicho é obrigado a se contentar com entregas delivery e sistema drive-thru.
O proprietário de um restaurante especializado em carnes, no bairro Jardim Santa Helena, em Suzano, Marcelo Portilho Figueiro, e o dono de um restaurante especializado em massas, no mesmo bairro, Francisco Chagas, apontaram as dificuldades de ter os salões vazios na data de hoje. "Não é fácil começar a vender por aplicativo. As taxas são altas, fora a concorrência, que fica ainda maior", lamentou Figueiro.
Chagas passa pela mesma situação. "Não estou focado nas entregas por aplicativo, devido à baixa procura. Nosso prejuízo é indescritível. Estamos sendo os mais prejudicados desde o começo do isolamento social", aponta.
Em Mogi das Cruzes, o cenário não é diferente. O proprietário de uma churrascaria no distrito de Braz Cubas, Auri Vitalino Bastos, contou que o prejuízo já chegou a quase R$ 500 mil. "A situação não é fácil, estamos fazendo de tudo para continuar vendendo, fazendo drive-thru, entregas por telefone e online. Neste Dia das Mães precisamos pôr tudo em prática para, pelo menos, diminuir o prejuízo".
O gerente de um restaurantes especializado em Sushi, no Parque Monte Libano, em Mogi, Wagner Souza da Silva, contou que no Dia das Mães, o usual é ter três dias de vendas ampliadas. "Antes da pandemia, vendíamos acima da média em três dias na época do Dia das Mães, porque nem todos mundo sai para comer na data comemorativa. Muitas vezes, as pessoas antecipam ou atrasam um dia, para não pegar muita fila". (N.T)