O governador João Doria (PSDB) e as Prefeituras de Mogi das Cruzes e Suzano decidiram ontem por não acatar o decreto imposto pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido), de inserir salões de beleza, barbearias e academias,como serviços essenciais durante a pandemia do coronavírus (Covid-19).
Ontem o Grupo Mogi News publicou material sobre os comerciantes que estavam na expectativa de voltar ao funcionamento com o novo decreto do presidente, no entanto, após a decisão do governo estadual e das Prefeituras, os mesmo lojistas se sentem confusos e sem amparo durante a pandemia. Já as Prefeituras de Mogi das Cruzes e Suzano explicaram que estão seguindo somente as diretrizes e os decretos do governo Estadual.
O proprietário de uma barbearia da Vila Amorim, em Suzano, Wellington Jordão de Carvalho, o Ton, lamenta a negativa da administração municipal suzanense, já que sua expectativa era de voltar ao trabalho. "Nós temos todo o potencial para estar funcionando, conseguiríamos ter o cuidado com os funcionários e com os clientes. Não podemos ficar desse jeito, é um comércio que sustenta sete famílias", explicou.
No salão de cabeleireiro da Bernadete de Lourdes, 48, localizado na Vila da Prata, em Mogi das Cruzes, o atendimento irá continuar como já estava acontecendo desde o começo da pandemia, mas com certas restrições e medidas de higiene. "Estamos diante de um cenário desafiador, temos que continuar a tomar medidas de acordo com a circunstância de cada um de nós, uma vez que nossos governantes não se entendem", explicou.
Já a proprietária de um estabelecimento na Vila Urupês, em Suzano, Nilda dos Santos Albuquerque, 53, entendeu a decisão das Prefeituras e do governo estadual em não acatar o decreto da liberação desses comércios. "Estamos sofrendo, sem dinheiro, com prejuízos, mas a Saúde tem que estar sempre em primeiro lugar".
*Texto supervisionado pelo editor.