Conforme os dias de quarentena vão passando e sem um pronunciamento oficial do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a tendência para as eleições municipais serem adiadas se torna alto. O atual vice-presidente do TSE, e já eleito o próximo comandante da Corte, ministro Luís Roberto Barroso, explicou que existe a possibilidade do adiamento do pleito para dezembro.
O momento de eleições ainda é incerto, mas as prefeituras da região, e prefeitos, já se posicionaram caso a mudança ocorra até o final do ano para se adequar ao momento que o país está vivendo com o coronavírus (Covid-19).
Todos os prefeitos que responderam à reportagem, até ontem, explicaram que a situação atual é de apenas cuidar da população e de combater a pandemia, no entanto, caso tenha alguma alteração no calendário eleitoral oficializado pelo TSE, todos irão seguir o que for estabelecido.
O prefeito de Mogi das Cruzes, Marcus Melo (PSDB), já havia se posicionado há algumas semanas sobre um possível adiamento das eleições, dizendo que a hora era de combater o vírus. Ontem, o chefe do Executivo reforçou a fala. "Nesse momento de crise que atravessamos, com mais de 800 mortos por dia, não é momento de se pensar em eleições", disse.
Em Poá, o prefeito Gian Lopes (PL) apontou que está dependendo da decisão do TSE, que será acatada caso a eleição seja em outubro ou no final do ano. "Hoje o foco da administração municipal, e o meu, é o de salvar vidas, porém, se a Justiça Eleitoral conseguir uma alternativa para realizar a eleição sem colocar a população em risco, eu apoio", completou.
Já Mamoru Nakashima (sem partido), prefeito de Itaquaquecetuba, explicou que não vê necessidade da mudança do calendário eleitoral. "Neste momento é necessário aguardar a evolução ou o retrocesso da contaminação, por enquanto não vejo necessidade da mudança deste calendário, mas caso a crise chegue ao mês de junho, talvez seja necessária uma reavaliação do cenário", falou.
As prefeituras de Suzano, Biritiba Mirim e Arujá também responderam aos questionamentos da reportagem, dizendo que o foco atual das três administrações é de combater o vírus, deixando como segundo plano o calendário eleitoral.
*Texto supervisionado pelo editor.