Antes quase vazios, os postos de combustíveis de Mogi das Cruzes e Suzano, aos poucos, estão começando a ter movimentação de clientes novamente. Desde o começo da epidemia do coronavírus (Covid-19), os estabelecimentos passam por dificuldades em razão das medidas de isolamento, contando com quedas de vendas de quase 60%. No entanto, nestes últimos dias, a diminuição nos preços dos combustíveis traz boas expectativas.
Com a queda nos valores do, as pessoas estão saindo de casa, indo para o mercado e farmácias e aproveitando para abastecer o veiculo. No mês passado, a Petrobras anunciou, uma redução de até 8% nos preços médios dos combustíveis vendidos nas refinarias. Neste ano, o preço da gasolina já caiu 52,3% e o do diesel caiu 38%.
Em Mogi das Cruzes, os postos estão registrando um valor médio de R$ 3,66, por litro de gasolina e R$ 2,57 no etanol, um dos preços mais baixos desde as últimas semanas de pandemia. Já Suzano, o preço do combustível está mais alto que em Mogi, tendo em média um valor de R$ 3,89, para gasolina e R$ 2,77 para o etanol, segundo dados na Agência Nacional do Petróleo (ANP).
No posto localizado em Mogi, na rua Ipiranga, no bairro Jardim Santista, as vendas continuam baixas, mas o movimento parece estar retornando em razão das constantes quedas nos preços apresentados nas bombas. "Diversas coisas acabam mudando o movimento, como o preço baixo e também a saída das pessoas de casa, que acabam acontecendo todos os dias", disse o proprietário do local, Victor Cabral.
A mesma situação é vista pelo frentista José Antônio do Nascimento, que trabalha em um posto na avenida Japão, na Vila Ipiranga. Segundo ele, os valores estão chamando a atenção do público que continua trabalhando. "Não podemos negar que o movimento está fraco, mas a cada dia isso vai mudando, já que as pessoas estão voltando a utilizar o carro", comentou.
Em Suzano, o tímido crescimento do movimento é semelhante. Um posto localizado na rua Armando Salles de Oliveira, no Parque Suzano, que teve uma queda de 40% nas vendas durante o começo da pandemia, nestes últimos dias começou a receber diversos moradores.
Segundo o gerente do estabelecimento, Wesley Brito, as pessoas estão abastecendo o carro para viajar e também para visitar os parentes. "Neste final de semana tinha gente que estava indo para o interior. Se continuar neste ritmo, o movimento vai estar normal em um mês".
Mas nem todos estão vendo a volta dos clientes, no estabelecimento da rua Dr. Prudente de Moraes, da Vila Santana, o gerente Reinaldo Ramos, apontou que continua com uma baixa de 50% na vendas e com uma expectativa de continuar desta forma até o final do ano.
*Texto supervisionado pelo editor.