A cada dia, o número de casos de coronavírus (Covid-19) aumenta em todo país, forçando as famílias a terem paciência para manter o isolamento social, em prol da segurança e saúde da população. É um momento de união entre as pessoas, no qual um depende do outro para evitar a proliferação da doença. A ação causa uma reação, inevitavelmente ruim aos comerciantes: a queda expressiva nas vendas daqueles que ainda podem continuar trabalhando e a falta de renda àqueles que foram obrigados a fechar suas portas desde o dia 24 de março. Mesmo com a chegada do Dia das Mães, a situação, infelizmente, deve ser mantida.
Em uma das datas mais esperadas no ano pelos comerciantes, principalmente aos que trabalham com flores, os lojistas tiveram que ser mais flexíveis aos preço e caprichar nas promoções, usando a criatividade para tentar superar a barreira do isolamento financeiro durante a pandemia. Muitos, que não mudaram a estratégia e o planejamento, se viram obrigados a fechar as portas.
A sócia-proprietária de uma loja de artigos infantis na Vila Paiva, em Suzano, Juliana Aparecida Silva, faz parte do grupo de comerciantes que se adaptou para tentar lucrar no Dia das Mães. Sua loja parou de focar em seu público-alvo nesses últimos dias - as crianças - para oferecer produtos para as mamães. A ideia ousada acabou se tornando um sucesso. "A baixa nas vendas está nos prejudicando, por isso, minha sócia e eu fizemos um replanejamento e começamos a vender acessórios para para o Dia das Mães", comentou Juliana. "Além da adaptação dos produtos, o momento de crise no comércio nos forçou a adaptar também o modo de se aproximar do cliente, com vendas online, Whatsapp e outras redes sociais. Esse novo mecanismo vem sendo nosso principal meio para vender".
A maneira digital para não perder os clientes é vista como a principal saída para todos os segmentos, como em uma loja de roupas e calçados localizada nos shoppings de Mogi das Cruzes e Suzano. Com as portas fechadas pela determinação do governo estadual, o foco também foi migrado para o delivery, site e Whasapp, segundo explicou a supervisora da rede, Daniele Elias. "90% das nossas vendas são pelo meio digital. Ainda temos muitas dificuldade em vender roupas e calçados pela internet e redes sociais, mas não podemos desistir. Fomos obrigados a modificar a forma do nosso trabalho, principalmente em uma data como o Dia das Mães".
O segmento que não poderia deixar de se adaptar é o que trabalha com flores. "Apesar da situação difícil em que vive o comércio, por conta da pandemia, nos adaptamos às vendas virtuais. Estávamos temerosos, pois não sabíamos como seria o faturamento deste ano, mas a expectativa é de vender pelo menos mil produtos, entre flores e cestas de café da manhã no Dia das Mães", explicou o dono de uma floricultura no Mogi Shopping, Fábio Rogério Cardoso.
*Texto supervisionado pelo editor.