A carreira de Dirceu Pinto na bocha adaptada é marcada por conquistas e revolução no esporte paralímpico de alto rendimento. Ele foi o primeiro atleta de Mogi das Cruzes a conquistar medalhas em uma paraolimpíada, mas, um ano e meio antes de sua conquista de 2008, o paratleta nem pensava em praticar o esporte e vivia uma depressão profunda.
"Em 2007, eu comecei a praticar bocha adaptada socialmente. Mas a coisa foi ficando séria. Sem treinar, fui chamado para a Copa do Mundo, no Canadá, e fiquei em oitavo lugar. Daí, eu pensei: 'Se eu treinar forte eu consigo subir ainda mais'. Um ano depois, eu estava na paraolimpíada de Pequim com duas medalhas de ouro e uma de prata", detalhou em entrevista ao Grupo Mogi News publicada em setembro do ano passado.
Os títulos de Dirceu são expressivos. Além de ser o primeiro brasileiro a subir no pódio na categoria bocha adaptada BC4, Dirceu ganhou duas medalhas na China - individual e duplas - e repetiu o resultado na Paralimpíada de Londres, em 2012, já como favorito.
Com a medalha, o mogiano contabilizou um novo feito, visto que, até então, ninguém havia sido bicampeão na bocha adaptada. Em 2016, terminou com a prata nas duplas no Rio de Janeiro e se tornou o medalhista número um no quadro de medalhas dos Jogos Paralímpicos.