A Caixa Econômica Federal anunciou novas medidas para combater os efeitos da paralisação das atividades não essenciais devido à pandemia do coronavírus (Covid-19). Porém, dentre as medidas anunciadas ontem, destaca-se a liberação de linhas de financiamento no valor de R$ 5 bilhões para Santas Casas que necessitarem.
A notícia agradou as unidades de Mogi das Cruzes que, mesmo sem informações adicionais da forma de transferência, se mostrou satisfeita. "Toda linha de crédito neste momento é bem vinda. Mas ainda não temos detalhes desta liberação anunciada", afirmou o provedor da instituição José Carlos Petreca.
Sentimento compartilhado pela Santa Casa suzanense, onde o Conselho Fiscal Voluntário já estuda as medidas e critérios para adesão deste recurso. Inclusive, a direção da Santa Casa já está providenciando a documentação para dar entrada junto à Caixa Econômica Federal para análise de crédito e assim aderir a esta linha, para utilizar a verba nas medidas de enfrentamento à Covid-19.
O montante disponibilizado terá a uma taxa cobrada de 10% ao ano. Até então, a taxa era de 20%, segundo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). Ainda de acordo com Bolsonaro, os contratos antigos serão revisados.
As Santas Casas do Alto Tietê são unidades de saúde pública que estão sendo preparadas para atender a possível alta demanda de casos do coronavírus projetada para os municípios da região.
A Santa Casa mogiana possuí situações delicadas a serem tratadas, mesmo sem o aumento significante nos casos da Covid-19. No começo do ano, o hospital chegou a suspender o recebimento de novas gestantes devido à superlotação que a unidade se encontrava. A interferência durou 21 dias e após o fim da restrição, as medidas tomadas pela provedoria da unidade surtiram efeitos e melhoraram o quadro apresentado em 8 de janeiro, quando a medida preventiva precisou ser tomada.
A Santa Casa de Mogi das Cruzes também passa atualmente por reformas e ampliações, o que faz com que parte dos recursos da unidade de saúde sejam destinados a estes trabalhos.
Em Suzano a situação é semelhante. Em agosto passado, a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) foi fechada para o recebimento de novos pacientes pela Vigilância Sanitária, que apontou algumas adequações a serem feitas na ala. Além disso, segundo informou o deputado federal Marco Bertaiolli (PSD), em julho passado, a unidade acumulou uma "dívida impagável" que estaria avaliada em cerca de R$ 300 milhões.
A declaração foi dada pelo parlamentar quando ele esteve no Alto Tietê para anunciar, dentre outras verbas, um montante de R$ 1 milhão para ajudar de custeio da unidade de saúde suzanense.