O Alto Tietê mantém os dois casos positivos de Covid-19 em Ferraz de Vasconcelos. O óbito de uma paciente de Suzano foi descartado ontem por coronavírus, depois da confirmação de que a causa da morte se deu por Influenza A. Os municípios da região reforçam as ações preventivas, principalmente diante do primeiro óbito confirmado no país, registrado ontem na cidade de São Paulo.
Os números atualizados pelas prefeituras (veja mapa) contabilizam 129 casos suspeitos da doença na região, um aumento de 63,3% em relação ao dia anterior, que tinha 79 ocorrências. Mogi das Cruzes ainda é a cidade do Alto Tietê com o maior número de casos suspeitos - 35 notificações estão aguardando o resultado dos exames comprobatórios.
"A confirmação do óbito é lamentável, mas não altera os protocolos de saúde estabelecidos até o momento. Os casos suspeitos são notificados e têm material biológico colhido para exame. Se os sintomas são leves, o paciente é orientado a permanecer em isolamento domiciliar e, nos casos mais graves, a internação é indicada", ressaltou Adriana Martins, coordenadora da Câmara Técnica de Saúde do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat).
Os dois casos confirmados de coronavírus em Ferraz de Vasconcelos são de um casal. A mulher, de 33 anos, primeira a ser infectada, trabalha em um hospital na capital, onde contraiu a doença de outro paciente. Ela permanece internada em São Paulo. Já o marido, de 37 anos, teve a doença diagnosticada na segunda-feira e está em isolamento domiciliar. No município, 12 pessoas aguardam o resultado dos exames.
Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, 80% dos pacientes confirmados com o coronavírus no território paulista têm quadro leve e podem ser tratados em casa. Os outros 20% exigem internação e, apenas uma parte desses requer UTI.
Nas cidades da região, as prefeituras estão promovendo a suspensão gradativa das aulas nas escolas, cancelando atividades culturais e esportivas e também interrompendo serviços não essenciais. Além disso, há recomendações para que a iniciativa privada adote medidas preventivas com restrição do contato social.
"Temos duas batalhas para vencer. A primeira é contra o vírus, impedindo a sua propagação. E, a segunda, contra o pânico. Nos dois casos, a melhor arma é a informação clara e objetiva. Restringir o contato social neste momento é necessário, assim como reforçar os cuidados com a higienização e a etiqueta respiratória", disse a coordenadora de Saúde do Condemat.
Suzano
A Secretaria Municipal de Saúde de Suzano informou que o governo do Estado emitiu um laudo do óbito da paciente suzanense em que identifica como causa da morte o vírus da Influenza A. Desta forma, não há relação com o Covid-19, como chegou a ser cogitado na região. De acordo com a Saúde, a suzanense possuía doença de Crohn, tinha a imunidade debilitada e estava internada no Hospital Municipal Doutor Carmino Caricchio, no Tatuapé, zona leste de São Paulo, onde faleceu.
* Texto supervisionado pelo editor.