A Assistência Social de Mogi das Cruzes atende atualmente 36 crianças que vivem pelas ruas do município comercializando produtos nas esquinas aos motoristas. Geralmente, os menores de idade ficam em regiões centrais, onde conseguem ganhar algum dinheiro com a venda de balas e água. De acordo com as informações do Centro Pop, a Secretaria Municipal de Segurança Pública tenta erradicar o problema junto à Assistência Social e ao Ministério Público (MP).
Para a solução deste problema, diversas reuniões são realizadas periodicamente para colocar em prática ações que diminuam o trabalho infantil. Os encontros envolvem os secretários municipais de Segurança, Paulo Roberto Madureira Sales, de Assistência Social, Neuza Marialva, e gestores do MP e da Polícia Militar.
Estas ações, porém, ainda não foram definidas e não têm um cronograma estabelecido para serem executadas. Segundo informações repassadas por Osni Damásio da Silva, coordenador do Centro Pop, a abordagem às crianças em situação vulnerável é bastante complicada.
"As equipes que abordam as crianças neste quadro são da Assistência Social, que vão até os locais onde têm maior incidência do problema, abordam as crianças e tentam obter informações sobre elas. É uma tarefa difícil, porque muitos pequenos saem correndo e os agentes ficam de mãos atadas", explicou Silva.
Quando isso acontece, as equipes insistem com as mesmas crianças e voltam ao local até obterem informações de idade, nome e lugar onde moram e estudam. Desta forma, é possível ir até à escola e descobrir quem são os responsáveis por eles. Com isso, todo o trâmite segue com a própria família para investigar se existe ou não consciência sobre o trabalho infantil dos pequenos.
Em relação às pessoas que vivem em situação de rua no município, há o registro de 200 nomes. Geralmente, estas pessoas ficam em grupos, sendo identificadas com problemas psiquiátricos ou dependências químicas ou alcoólicas.
*Texto supervisionado pelo editor.