Assim como anunciado para as redes de supermercados da região, as farmácias do Alto Tietê também venderão álcool em gel a preço de custo a partir desta segunda-feira. O governador João Doria (PSDB) já havia informado, na quinta-feira passada, que a medida anunciada ontem poderia ser divulgada nos próximos dias, uma vez que a negociação com a Associação Paulista de Supermercados (Apas) foi bem sucedida e já havia a confirmação do novo valor do produto, que vem sendo superinflacionado em alguns estabelecimentos comerciais. Desta vez, as reuniões do governo do Estado com a Associação Brasileira de Redes de Farmácia e Drogarias (Abrafarma) resultaram no custo zero ao álcool em gel, o que irá baratear o produto nas prateleiras.
Ontem, o prefeito Marcus Melo anunciou, durante mais uma live feita no seu canal no Facebook (sempre às 18 horas), que haverá fiscalização nos estabelecimentos que vendem o álcool gel, a fim de coibir a prática do preço abusivo.
Com o crescimento acelerado dos casos suspeitos de coronavírus no Alto Tietê, o preço do álcool em gel já aumentou mais de 150% nas farmácias do município nas últimas semanas. O produto, assim como máscaras de proteção e luvas, está em falta nos comércios. Em reportagem do grupo Mogi News desta semana, ficou evidente o aumento no preço do produto.
De acordo com o gerente farmacêutico de um estabelecimento no centro de Mogi, Marcos Vinícius Ferreira Barbosa, o valor do álcool em gel de 50 gramas aumentou R$ 6, passando de R$ 4 para R$ 10 nos últimos dias. "Infelizmente é uma questão de mercado, quanto maior a demanda, maior o preço. Fora isso, também enfrentamos problemas com a falta de abastecimento dos fornecedores que não conseguem distribuir em velocidades tão aceleradas quanto a demanda", explicou na oportunidade.
Venda Irregular
A Guarda Civil Municipal (GCM) de Arujá impediu a venda irregular de frascos de álcool em gel feita por ambulantes no município. A operação ocorreu anteontem e um dos detidos estava em frente à Unidade Básica de Saúde (UBS) do Jardim Fazenda Rincão. Os comerciantes foram levados à Delegacia de Polícia e tiveram apreendidas, ao todo, 67 unidades do produto, conforme informações da Secretaria Municipal de Segurança Pública.
Segundo o secretário da Pasta, Carlos Roberto Vissechi, a prática dos vendedores barrados pelos guardas se enquadra no crime de incolumidade pública, previsto na legislação penal como ato que oferece perigo à vida das pessoas, sendo passível de condenação judicial. "Não é razoável que as pessoas se aproveitem de um momento de calamidade pública para ganhar dinheiro e ainda colocarem a saúde dos outros em risco. A GCM está fazendo ronda por toda cidade para evitar que esse tipo de situação aconteça na cidade", disse.