Mais de 120 mulheres morreram num incêndio nos Estados Unidos em 25 de março de 1911, na Triangle Shirtwaist Company. A tragédia trouxe à tona as péssimas condições de trabalho delas. Um século após o episódio e 45 anos depois que Organização das Nações Unidas (ONU) tornou oficialmente março o Mês Internacional das Mulheres, as pautas que eram reivindicadas no passado ainda estão presentes nos dias atuais.
"O papel do poder público é trazer debates à tona para toda a população, como feminicídio, desigualdade salarial, entre outros", explicou o secretário de Cultura de Suzano, Geraldo Garippo. A Pasta elaborou uma série de atividades que buscam trazer o protagonismo feminino como pauta e discussões importantes sobre uma série de questões sobre o papel da mulher na sociedade.
Foi aberta ontem no Centro de Educação e Cultural Francisco Carlos Moriconi (rua Benjamin Constant, 682, centro) a exposição "Corpo que é meu outro", que tem como curadoras a pesquisadora Elidayana Alexandrino, do coletivo Rizomáticas, e a coordenadora de artes plásticas da Secretaria de Cultura de Suzano, Aline Baliberdin. A mostra reúne cerca de cem obras de mais de 30 artistas mulheres. A exposição segue aberta para visitação até o dia 27 de março e tem entrada gratuita e livre para todas as idades.
Além disso, o projeto Cultura Presente Especial leva para o Parque Max Feffer (avenida Senador Roberto Simonsen, 90, Jardim Imperador) amanhã, a partir das 10 horas, o grupo Samba das Minas, Trio Linderô, a cantora Karen Santana e a banda de rock composta só por meninas Dream Team Girls.
Fechando a programação, em 25 de março, às 19 horas, o coletivo Rizomáticas traz o debate "Mulheres, educação e arte", que tem por objetivo discutir sobre o papel feminino e como essas áreas são potentes para dar visibilidade ao seu ativismo intelectual, além de se fazer ouvir e se tornar presente na sociedade. A roda ocorrerá no Anfiteatro Orlando Digenova, nas dependências do Moriconi, e terá a presença de artistas participantes da exposição "Corpo que é meu outro".
Segurança e paz
A Secretaria de Cultura traz ainda em março uma série de debates sobre segurança pública e a concepção do que é a paz nos dias atuais. Para isso, hoje, o pastor carioca Henrique Vieira, membro do Conselho Deliberativo do Instituto Vladimir Herzog, fará uma palestra com o tema "Cultura de Paz e Revolução através do amor", no Teatro Municipal Dr. Armando de Ré (rua General Francisco Glicério, 1.354, centro), a partir das 19 horas. É necessário chegar com uma hora de antecedência para retirar ingresso gratuito.
Com o objetivo de refletir sobre a sociedade brasileira atual e sua relação com a violência em suas diversas formas, o consultor em Segurança Pública e Direitos Humanos, Ivan Marques, faz uma palestra em 28 de março, às 19 horas, no Cineteatro Wilma Bentivegna. A entrada também é gratuita e interessados devem chegar com uma hora de antecedência.