O assunto que começou a ser discutido no plenário da Câmara Municipal - o possível atraso na entrega dos carnês do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) para parte da população - deixou os limites do Legislativo e chegou, oficialmente, ao conhecimento da administração municipal. Isso porque, vereadores protocolaram na tarde de ontem um ofício na Prefeitura de Mogi das Cruzes solicitando a prorrogação por dez dias do pagamento do imposto aos mogianos.
A cobrança do IPTU começa amanhã para alguns moradores e se divide em outros dois dias: na próxima segunda e terça-feira.
A Secretaria Municipal de Finanças afirma que não há atraso na entrega dos carnês e que, do total de 142 mil carnês, 95% já foram entregues, incluindo todos com vencimento em 7 de fevereiro, restando apenas 5%, todos com vencimento na próxima semana, a serem entregues pelo Centro de Distribuição de Mogi das Cruzes até amanhã.
A justificativa da prefeitura, portanto, indica que mais de 7 mil pessoas devem receber o carnê hoje, um dia útil antes do prazo.
O ofício é de autoria dos vereadores Mauro Araújo (MDB) e Diego Martins (MDB), o Diegão, que estiveram na sede da prefeitura para protocolar o documento. O parlamentar Araujo disse que reafirmou o discurso feito em plenário de que os mogianos não podem ser responsabilizados pela demora da emissão dos carnês.
O tema veio à tona na última sessão da Câmara Municipal, realizada anteontem, quando os parlamentares afirmaram ter recebido reclamações de moradores que ainda não obtiveram seus carnês. Segundo os vereadores, há também outros munícipes que reclamam da falta de informação sobre o montante correspondente à dívida ativa, comunicado este que costuma ser enviada no carnê do IPTU.
"Temos muitos carnês que ainda não chegaram e as pessoas perderão a oportunidade de pagar com desconto, um prejuízo a população por falta de gestão da administração municipal", disse o parlamentar Araújo, relembrando os últimos anos de cobrança do IPTU, que resultaram na demissão do secretário municipal de Finanças, Aurílio Caiado, e de processos na Justiça por um suposto aumento indevido da cobrança.
Outros parlamentares endossaram o discurso do vereador Araujo, como por exemplo o parlamentar Edson Santos (PSD), que também constatou o problema.