O júri popular dos quatro acusados da morte e sequestro do policial militar Rodrigo de Lucca Fonseca, em 2014, foi retomado na manhã de ontem e pode ter a sentença conhecida hoje, no Fórum de Suzano. Três deles já estão presos.
Os acusados pela autoria do crime são Demerson Andrade de Carvalho, Deives Willian da Silva, Antonio Monteiro da Silva Neto e Israel Xavier Candreas. Dos quatro, apenas Candreas não foi preso, por falta de provas. No entanto, ele já possui ficha criminal por furto qualificado e violência doméstica contra sua ex-companheira.
O segundo dia de julgamento foi iniciado com a fala da mãe do policial, Vânia de Lucca, que respondeu questionamentos do juiz, do promotor, do assistente e dos advogados. Além dela, o delegado Alexandre Batalha falou como as investigações levaram aos suspeitos e que a morte só ocorreu pelo fato de a vítima se tratar de um policial.
O promotor Rafael Ribeiro do Val concordou com as falas do delegado e complementou dizendo que a intenção dos criminosos era de "apenas" roubar o PM. Também fez uma recapitulação do fato e das investigações da Polícia Civil para o júri.
Os debates iniciados ontem não chegaram ao fim e a sessão foi interrompida mais uma vez. A expectativa é de que o julgamento seja concluído hoje, no Fórum de Suzano, com a condenação ou absolvição dos acusados.
O crime
O policial militar morava em Mogi das Cruzes, no bairro Parque Monte Líbano, local onde foi sequestrado no dia 20 de junho de 2014.
Um dia depois, policiais de Suzano foram avisados por crianças do Parque Maria Helena sobre um carro caído no rio Tietê. Na retirada do veículo, foi constatado que o carro era o mesmo utilizado por de Lucca no dia do sequestro.
Após quatro dias do desaparecimento, o corpo do soldado foi encontrado em um terreno às margens da rodovia Índio Tibiriçá (SP-31). No laudo foi constatado que o militar sofreu traumatismo craniano e perfurações feita por arma de fogo.
*Texto supervisionado pelo editor.