O Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE) confirmou o fechamento das comportas da Barragem da Penha, na chegada a São Paulo, para controlar os transtornos registrados na capital. Entretanto, tal medida preocupou o conselho de prefeitos do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), visto que o fechamento poderá trazer reflexos negativos às cidades da região, em especial, Itaquaquecetuba, Suzano e Mogi das Cruzes.
O fechamento da Barragem da Penha, de acordo com o Condemat, provoca o represamento da água do rio Tietê nos trechos anteriores, justamente aqueles que estão nas cidades do Alto Tietê, em especial, Itaquaquecetuba, Suzano e Mogi das Cruzes, onde o nível do curso d'água já se encontrava elevado, antes mesmo da chuva da madrugada de ontem. Com a medida adotada pelo Estado para controlar os transtornos registrados na capital, é esperado nestas cidades o agravamento de locais alagados e o surgimento de enchentes, podendo demandar, inclusive, a remoção de famílias de algumas regiões.
O prefeito de Mogi das Cruzes e presidente do Condemat, Marcus Melo (PSDB), ressaltou que os chefes dos executivos municipais não têm controle sobre as manobras técnicas adotadas pelo Daee. Até o início da tarde desde ontem a Barragem da Penha registrava um volume de água superior à média, sendo 724,52 acima dela (o maior da história) e 723,60 metros abaixo dela (sentido interior do Estado), com volume de vazão de 180 metros cúbicos por segundo por cima das comportas.
As comportas serão abertas assim que o rio Tietê escoe. Essa operação garantirá as condições de absorver novos volumes de chuva no Alto Tietê.