Mesmo sem poder se pronunciar oficialmente por recomendação de seus advogados, o tenista mogiano João Souza, conhecido como Feijão, prometeu que irá recorrer da decisão da Unidade de Integridade do Tênis (TIU, na sigla em inglês), deferida no último sábado, que o baniu do esporte.
O recurso será apresentado ao Tribunal Arbitral do Esporte (TAS, em sua sigla em francês), entidade com sede na Suíça, cuja função é criar um foro especializado na resolução de conflitos desportivos, de modo que disputas possam ser resolvidas de forma "privada, célere, a custos acessíveis e configurando uma opção aos tribunais nacionais", como diz o próprio órgão.
O atleta de 31 anos foi condenado por ter cometido "múltiplas infrações de manipulação de resultados e violações relacionadas à corrupção", segundo o órgão internacional. Foi ainda multado em US$ 200 mil, equivalente a R$ 834 mil. O jogador, que já estava suspenso provisoriamente, nega as acusações. Feijão já chegou ao topo do ranking nacional e teve como melhor colocação internacional o posto de 69º do mundo.
"Uma investigação da Unidade de Integridade do Tênis estabeleceu que, entre 2015 e 2019, o jogador cometeu diversas infrações no Programa Anticorrupção do Tênis. Isso inclui repetidos incidentes de manipulação de resultados em torneios de nível Challenger e Futures disputados no Brasil, México, Estados Unidos e República Checa", informou a TIU, em comunicado oficial.
TAS
O TAS é uma organização não-governamental e atualmente é considerada neutra e independente de governos, instituições ou órgãos esportivos. De acordo com a própria entidade, uma grande vantagem da arbitragem TAS consiste na celeridade dos procedimentos arbitrais e na condução dos casos pelo Secretariado do TAS, que é formado por um corpo técnico de profissionais altamente qualificados e especialistas em arbitragem e direito desportivo, sempre disponíveis para esclarecer dúvidas e auxiliar partes, advogados e árbitros durante os procedimentos.