Mesmo com a definição pelo Estado de três hospitais na Região Metropolitana de São Paulo para atender a demanda da Maternidade da Santa Casa de Mogi das Cruzes, a situação de superlotação ainda é considerada preocupante e o setor mantém a suspensão dos atendimentos. A informação foi dada ontem pelo diretor-técnico da Santa Casa, Ricardo Bastos. "A condição é bastante preocupante, apesar de todas as medidas tomadas por nós, por outros hospitais e pela Prefeitura de Mogi das Cruzes", lamentou.
Ainda de acordo com Bastos, todas as pacientes estão sendo atendidas no Pronto-Socorro e as que estão em trabalho de parto ou têm alguma indicação de sofrimento fetal, estão sendo assistidas pela Maternidade. Até a tarde de ontem 39 recém-nascidos ocupavam o setor de Neonatal, cuja capacidade é de 25 vagas.
Para auxiliar nos atendimentos às gestantes, uma ambulância foi disponibilizada já na quinta-feira passada, dia seguinte da suspensão, para efetuar a transferência das pacientes até as unidades disponibilizadas pelo Estado. Desta forma, os impactos possivelmente enfrentados pelas grávidas, como a dificuldade em se locomover a outra cidade, serão amenizados.
A curto prazo, a unidade da Santa Casa precisa urgentemente da ampliação do número de leitos. Na avaliação do dirigente, os deputados podem ajudar apresentando recursos por meio de emendas que tenham a intenção de aumentá-los. "Os recursos do deputado federal Marco Bertaiolli têm contribuído com emendas para que possamos fazer a reforma e ampliação da nossa Maternidade. A construção da nova Maternidade Municipal também irá nos favorecer", concluiu Bastos.
Além disso, a prefeitura, em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde, já começou a receber ajuda dos hospitais de Guaianases, Ferraz de Vasconcelos e São Mateus. Bastos disse ontem que algumas transferências já foram efetuadas para as unidades, mas a normalização do atendimento da Maternidade ainda não tem data prevista.
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