Os atendimentos na Maternidade da Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes continuam restritos ao menos até o final desta semana. Ainda assim, desde que o setor adotou a medida devido à superlotação, no último dia 8, a entidade realizou 195 partos, ou seja, 14 novos bebês por dia.
Ao todo, a Santa Casa possui 25 leitos na unidade Neonatal, com 28 bebês no local; e, na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) Neonatal, estão 14 bebês, distribuídos nos dez leitos disponíveis atualmente. Os números são bem menores dos apresentados no começo do mês, quando havia 42 recém-nascidos em toda a unidade, fato que, de acordo com o diretor técnico Ricardo Bastos, implicava em muitos riscos à população atendida.
A Santa Casa informou que na reunião da manhã de ontem, em conjunto com a Secretaria de Estado da Saúde e a Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross), foi pleiteado que algumas das medidas sejam instauradas permanentemente. O encontro ocorreu conforme o esperado, e uma nova reunião ainda seria realizada no final da tarde, a fim de nortear as próximas ações da entidade.
A principal ação tomada foi a transferência de bebês com potencial de nascimento prematuro para outros hospitais da macrorregião do Alto Tietê, além das medidas consideradas estruturais, como a disponibilização de uma ambulância 24 horas na unidade, a contratação de médicos e profissionais de enfermagem para atender à alta demanda e o aluguel de alguns equipamentos.
A resposta oficial da entidade sobre as estratégias que foram definidas a partir da reunião deve sair apenas nesta segunda-feira, ou seja, ainda não há a confirmação se as medidas provisórias adotadas com o intuito de aliviar a alta demanda recebida pela Santa Casa e manter a segurança no atendimento serão mantidas. Diferentemente da informação passada anteriormente pela entidade, o que se sabe até o momento é que entre hoje e amanhã as restrições prosseguem e a transferência de gestantes continua sendo realizada.
Suspensão
No dia 8 deste mês, os atendimentos na Maternidade da Santa Casa foram parcialmente suspensos em virtude da superlotação na unidade. A orientação era - e segue assim - que todas as gestantes de baixo e alto risco procurem atendimento em outros hospitais da região, destacados pelo Estado, visto que apenas os casos de urgência e emergência serão efetuados pela instituição mogiana.