Desde o início dos problemas que levaram à saída da Organização Social (OS) Pró-Saúde da gestão do Hospital Municipal de Mogi das Cruzes (HMMC), a Prefeitura de Mogi das Cruzes sempre acompanhou os desfechos jurídicos do caso e também tentou conversar com a direção da empresa na tentativa de encontrar uma saída para o impasse em relação ao não pagamento dos direitos trabalhistas dos funcionários dispensados.
No primeiro momento, nos meses de junho e julho de 2019, o Executivo promoveu diversas reuniões com a Pró-Saúde para tentar chegar a um acordo sobre os pagamentos, mas uma definição nunca ocorreu.
O prefeito Marcus Melo (PSDB) já havia apontado a falta de diálogo com a Pró-Saúde no ano passado. "Foram feitas diversas tratativas com a organização, para tentar resolver a situação, mas nada chegou a dar certo. Por isso, a situação com a Pró-Saúde é de muita tristeza, pela forma com que eles estão tratando todos os colaboradores", disse.
Na última atualização sobre o HMMC, a prefeitura confirmou que havia recebido o documento final de prestação de contas, que contém todas as informações sobre um possível déficit, ou não, com a Pró-Saúde. Depois de quatro meses de entregue o documento, a Secretaria de Assuntos Jurídicos continua realizando a análise e o estudo necessário para verificar os dados.
Procurada pela reportagem, a Prefeitura de Mogi das Cruzes disse que, desde o começo dos problemas, o Executivo não tem medido esforços para colaborar e agilizar os processos de pagamento das rescisões dos ex-funcionários da Pró-Saúde que prestaram serviços sob contratos de gestão na cidade, mas que atualmente todos os casos estão sendo tratados na esfera jurídica.
Em novembro, a prefeitura entrou na Justiça para bloquear e tentar retirar
R$ 1.443.854,54 das contas da Pró-Saúde para pagar os devidos valores aos trabalhadores. No entanto, a ação não foi realizada, pois as contas estavam zeradas. Isso aumentou a decepção dos funcionários. O caso se arrasta desde agosto do ano passado.
A prefeitura garantiu que está buscando outras medidas judiciais para garantir o pagamento dos trabalhadores, mas que muitos dos colaboradores da UPA do Oropó e de outros equipamentos, já entraram com ações individuais. (N.T.)