Criado como instrumento legal para nortear o crescimento econômico dos municípios acima de 25 mil habitantes da Região Metropolitana de São Paulo, o Plano Diretor sofreu recentemente uma profunda revisão em Mogi das Cruzes com o objetivo de não somente atender as exigências legais impostas ao Executivo mogiano, mas de melhorar a rotina da população que mora na cidade. No dia 17 de dezembro do ano passado o documento foi aprovado na Câmara Municipal sem grandes mudanças e se tornou lei após a publicação, na semana passada.
De acordo com os responsáveis pelo projeto, o intuito da revisão do documento é simples: transformar o cenário urbano de Mogi diminuindo as distâncias entre pessoas e os serviços essenciais, com o conceito de cidade mais compacta.
E foi assim que, desde 2017, a pedido do prefeito Marcus Melo (PSDB) que o secretário de Planejamento e Urbanismo, Cláudio de Faria Rodrigues, começou a enxergar Mogi das Cruzes para o futuro. De acordo com o chefe da Pasta e um dos principais nomes na revisão do documento, o mogiano que mora, por exemplo, em Cezar de Souza, hoje precisa sair do seu distrito no sentido da região central da cidade para exercer atividades rotineiras. "Mas, com a revisão do Plano Diretor, a gente pensa na cidade compacta, mais próxima das pessoas para que elas tenham todas as atividades necessárias para o seu dia a dia no próprio território", completou o secretário Rodrigues.
Para que isso saia do papel e se torne uma realidade aos mogianos, o incentivo ao uso do transporte público coletivo é fundamental. Ainda no exemplo de Cezar de Souza, o novo terminal de ônibus planejado para o distrito - ainda sem data para ser construído - será um dos responsáveis por incentivar o uso do transporte coletivo, a fim de que as pessoas deixem seus carros em casa e consigam, com conforto e praticidade, se dirigir até o local desejado.
Em entrevista exclusiva ao Grupo Mogi News, o secretário Rodrigues apresentou o novo Plano Diretor como um projeto urbanístico moderno, respaldado pelas premiações e boas avaliações que o documento recebeu nos últimos meses. De fato, os conceitos de cidade compacta e igualitária e de desenvolvimento responsável são conceitos recentes e que estão explícitos no documento, como meta, e não apenas como uma possibilidade.
Mesmo que o novo Plano Diretor tenha grandes ambições para o futuro de Mogi das Cruzes, ele ainda é consciente no que tange ao meio ambiente, visto que o documento prevê a criação de um corredor ecológico, interligando a serra do Mar com a serra do Itapeti, a fim de preservar a região.
Médio prazo
Questionado pela reportagem sobre quando a população de Mogi já começaria a sentir os efeitos do novo documento, o secretário Rodrigues se mostrou otimista, afirmando que, como a proposta tem por objetivo melhorar o cotidiano das pessoas e isso será um atrativo para as empresas investirem no município, tal progresso virá rapidamente.