No dia 1º de dezembro do ano passado, uma equipe da Polícia Militar realizava a Operação Pancadão durante a madrugada, em Paraisópolis, em São Paulo, quando foi supostamente alvo de tiros disparados por dois homens em uma motocicleta. O tiroteio teria provocado um tumulto entre os frequentadores do baile funk, que contava com cerca de 8 mil pessoas, em uma comunidade de 100 mil habitantes.
O volume de pessoas que estavam tentando sair do local acabou gerando um movimento descontrolado nas vielas, o que levou os jovens a caírem e serem pisoteadas. O tumulto provocou a morte de nove jovens, dois moradores de Mogi das Cruzes. Gabriel Rogério de Moraes, de 20 anos, e Bruno Gabriel dos Santos, 22, foram pisoteados durante a confusão entre a PM e os moradores da comunidade.
Ambos tinham ido ao baile pela primeira vez e não se conheciam, mas acabaram velados e enterrados na cidade logo após o acontecido. Durante o enterro, a irmã de Santos, Vanini Cristiane Siqueira, de 39 anos, havia dito que só queria justiça sobre o que ocorreu durante a ação da polícia.
Completando mais de um mês, o inquérito da ocorrência continua em andamento. Os laudos periciais, que mostram que os jovens foram mortos por pisoteamento, já foram concluídos e estão sendo analisados, junto com depoimentos e diligências para esclarecer o que houve naquela madrugada. (N.T)