Eu não me preocupo em levantar bandeiras. Estou preocupado em fazer o que é certo e alcançar os anseios da população. Querer crédito político é um pensamento que considero antigo". Fazendo questão de desvincular sua imagem -enquanto responsável pela administração do município - dos grandes avanços que a cidade vem alcançando nos últimos anos, o prefeito de Mogi das Cruzes, Marcus Melo (PSDB), segue o lema: "Os projetos de grande porte para a cidade são de benefícios do município e não de interesse próprio". 
A resposta à reportagem do Mogi News, em entrevista exclusiva, foi dada quando o prefeito foi questionado se o fato de conseguir mobilizar a cidade a ponto do Estado desistir da ideia de implantação de um pedágio no km 45 da rodovia Mogi-Dutra (SP-88) poderia angariar novos eleitores, já que as eleições municipais se aproximam.
Caminhando para seu último ano como chefe do Executivo - isso, claro, se descartada uma possível reeleição - o prefeito Melo recebeu a equipe de reportagem do Mogi News em seu gabinete, na sede da Prefeitura de Mogi das Cruzes, e revelou que não acreditava que a crise econômica e política que se instalou no Brasil fosse perdurar por tanto tempo. "No período eleitoral, quando falei que meu desafio era manter os equipamentos funcionando, é porque sabíamos que o país entraria em um período econômico difícil, que ainda estamos enfrentando. Só de manter tudo funcionando, diferentemente de outras cidades que fecharam serviços, é uma grande vitória", pontuou o prefeito.
Em relação a outros projetos, como a avenida das Orquídeas, a instalação de uma unidade do Serviço Social do Comércio (Sesc), o começo das obras da Maternidade Municipal e o programa Mais Mogi Eco Tietê, o prefeito Melo também manteve o discurso, reconhecendo a importância desses equipamentos e projetos para a cidade, mas sem a necessidade, como tradicional no meio político, de garantir créditos pessoais.
Para o chefe do Executivo, o momento do município é de ações certeiras, sem espaço para testes. "Gostaríamos de dar passos mais largos, mas, em momento de crise, estamos dando passos curtos, mas na direção certa".