O pagamento dos ex-funcionários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Oropó que, após a Organização Social Pró Saúde deixar de administrar a unidade de saúde não receberam suas verbas rescisórias, ainda não foi realizado como havia a expectativa que acontecesse no último dia 27, quando a Justiça definiria um parecer sobre o tema. Para protestar e chamar atenção das autoridades sobre a situação, um grupo de funcionários da unidade que não receberam suas verbas irá se reunir em frente a sede da prefeitura, na manhã de hoje, a partir das 9 horas.
Nas redes sociais, funcionários afirmam que a "pequena manifestação" servirá para reivindicar um respaldo da prefeitura sobre a situação. Outra cobrança é em relação a falta de comunicação da prefeitura e da instituição perante os funcionários, que, de acordo com relatos nas redes sociais, se sentem desamparados.
O vereador e enfermeiro Rodrigo Romão (PcdoB) levou o tema novamente à tribuna da Câmara Municipal e solicitou ao prefeito de Mogi, Marcus Melo (PSDB), que encerre o contrato com a Pró-Saúde referente à unidade do Centro de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas (Caps AD). "Pró-Saúde não pagou os funcionários da UPA Oropó e não deu nenhum sinal de que irá fazê-lo. Prefeito, encerre o contrato da entidade com o Caps AD", reiterou o parlamentar.
Em nota, a Pró-Saúde disse que mantém esforços para resolver com brevidade a situação dos colaboradores que atuavam nas unidades gerenciadas pela entidade em Mogi das Cruzes e que assim como ocorreu com a UBS Alto do Ipiranga e Unicafisio, as verbas rescisórias e obrigações trabalhistas dos 125 profissionais da UPA 24h Oropó serão depositadas em juízo para que a Justiça encaminhe a definição dos pagamentos.
Hospital Municipal
O caso dos mais de 400 funcionários que trabalharam para a Instituição Pró-Saúde no Hospital Municipal de Mogi das Cruzes (HMMC) ganhou mais um capítulo na tarde do último dia 19, quando a Justiça do Trabalho estabeleceu uma data para a liberação do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e Seguro Desemprego - no caso daqueles que foram desligados de suas funções - para parte desses funcionários. A próxima audiência que tratará do caso ficou agendada para hoje, às 11h10, na 3ª Vara da Justiça do Trabalho.
Paraisópolis
Durante sessão ordinária de ontem, parlamentares repercutiram a morte de nove jovens, dentre eles dois mogianos, na comunidade de Paraisópolis, na zona Sul de São Paulo. "Houve uma falha brutal da PM. Lá é periferia, se fossem nove mortos nos Jardins, teria mais comoção", disse o vereador Iduigues Ferreira Martins (PT). No mesmo sentido, o parlamentar Rodrigo Valverde (PT) ressaltou a falta de opções de lazer dos jovens, que os levam as periferias. "Infelizmente Mogi entrou na imprensa internacional. Polícia cometeu um crime", completou.