A Câmara dos Vereadores aprovou ontem, na última sessão de 2019, uma autorização à Prefeitura de Mogi das Cruzes para contratar operações de crédito com o Banco do Brasil, no valor de R$ 48 milhões, para investimentos em pavimentação do município; na construção da Maternidade Municipal de Braz Cubas; e para incentivos à cultura. Somente três vereadores tiveram votos contrários ao empréstimo - Iduigues Martins (PT), Rodrigo Valverde (PT) e Caio Cunha (PV).
Dos R$ 48 milhões,
R$ 35 milhões serão utilizados para recuperação asfáltica e pavimentação nas vias da cidade. Já R$ 10 milhões serão destinados para a construção da Maternidade Municipal e R$ 3 milhões para implantação de praças de atividades culturais, esportivas e lazer na cidade.
O parlamentar Caio Cunha teme que o financiamento com o banco acabe se transformando em um incêndio, o qual deverá ser apagado pelas futuras gestões. "É uma ação que representa a má gestão, em que a prefeitura terá de pagar o valor em 96 meses, cerca de oito anos pagando o repasse. Quem irá pagar este valor serão os outros prefeitos que irão assumir. O atual prefeito não irá pagar isso. É interessante que o secretário de Finanças, Clovis da Silva, já havia apontado que esse empréstimo seria um risco para o município", disse.
O vereador Rodrigo Valverde também apontou o empréstimo como "um erro de gestão" e alerta que o município poderá ser prejudicado. "Se o prefeito estivesse ligado nas questões econômicas do país, ele nunca teria feito esse pedido de aprovação. Se fizermos tantos empréstimos como estamos realizando, a cidade poderá pagar um preço alto no futuro"
Já para os parlamentares Francisco Moacir Bezerra (PSB) e Diego de Amorim, os R$ 10 milhões serão de extrema importância para ajudar nas obras da Maternidade, que irão auxiliar a população e as mulheres do município.
A Maternidade Municipal começou a ser construída em novembro deste ano, com um investimento total de R$ 35,1 milhões. A unidade deve ser finalizada em dois anos e meio.
*Texto supervisionado pelo editor