O governo do Estado de apresentou ontem as diretrizes do plano de reestruturação de carreira dos professores que atuam na rede estadual. A mudança vai representar um grande crescimento do salário inicial dos docentes. "Sem educação, não há transformação. Podemos melhorar os indicadores econômicos e sociais, mas, se não melhorarmos a educação, não teremos a transformação e o Brasil jamais será uma nação independente, sólida, com cidadania e respeitabilidade", disse o governador João Doria (PSDB).
A principal mudança é que, a partir de 2020, o salário inicial do professor no regime de 40 horas semanais será de R$ 3,5 mil - um aumento de 35,4% sobre o valor pago hoje, de R$ 2.585. Em 2022, um professor com a mesma carga horária terá salário inicial de R$ 4 mil, um aumento de 54,7% em relação à remuneração atual.
No topo da carreira, o professor poderá chegar a um salário de R$ 11 mil. Com a reestruturação de carreira proposta, professores com mestrado e doutorado serão valorizados e terão acréscimo salarial de 5% e 10%, respectivamente. "Se quisermos ter boa educação, precisamos investir nos professores", destacou o governador. O projeto de lei será enviado nos próximos dias à Assembleia Legislativa.
O investimento previsto para executar a modernização ultrapassa R$ 4 bilhões na folha de pagamento até 2022. O programa quer atrair talentos para a carreira, além de valorizar e formar os professores.
O projeto vai proporcionar mais oportunidades de desenvolvimento profissional e formação, além de aperfeiçoamento dos mecanismos de reconhecimento e estímulo profissional. "Educação se faz com pessoas, e o professor é peça fundamental neste processo. Ser professor é transformador. A reestruturação que estamos propondo é fundamental para valorizarmos nossas professoras e professores", enfatizou o Secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares. A adesão à reestruturação é voluntária.