Entre os anos de 2001 e 2002, o ex-diretor do IPT atuou em Mogi das Cruzes como secretário de Desenvolvimento Econômico e Social da Prefeitura de Mogi das Cruzes. Foi convidado pelo então prefeito Junji Abe para compor sua equipe de governo, mas a presença do geólogo na administração municipal durou apenas 15 meses. Foi o próprio Álvaro que pediu demissão ao redigir uma carta a Junji. Hoje, quase duas décadas depois, o geólogo diz que sua saída do governo pode ser classificada como traumática, tanto que durante a entrevista ele fez questão de afirmar que jamais voltaria à cidade para atuar no poder público.
"Creio ter feito um belo trabalho à frente dessa secretaria. Especialmente chamando para participação nos projetos de desenvolvimento econômico e social ativos agentes da economia e da sociedade mogiana. Infelizmente, um profundo desencontro entre minha forma de entender e praticar a administração pública e a forma como o prefeito Junji a entendia e praticava acabou por tornar nossa convivência totalmente impossível. Como não pretendia de forma alguma ter meu nome associado à sua forma de exercer seu cargo público, solicitei minha demissão do cargo que ocupava. Para mim, esse desenlace foi bastante traumático, pois havia desenvolvido uma relação de extrema dedicação e entusiasmo com os projetos sob meu comando e com todos que acabei envolvendo em sua execução. Sabia perfeitamente que em minha ausência esses projetos e a participação da sociedade mogiana iriam, como infelizmente aconteceu, definhar e desaparecer", relembrou.
Atualmente, o geólogo tem ficado mais na casa onde vive, na capital paulista. Recentemente, descobriu uma Leucemia Mielóide Aguda e inicou o tratamento. "Hoje estou bem, já na fase final do programa de tratamento quimioterápico. Mas tudo sempre dependerá do monitoramento feito por meio de hemogramas e exames de medula óssea. O fato bom é que a medicina tem avançado muito no tratamento do câncer, e a equipe médica que me atende é de ótima qualidade profissional e de um calor humano que tem sido essencial em meu tratamento. Todos vamos morrer um dia, mas não dêem chances para o azar, em situações de saúde mais complicada não tenham constrangimentos, procurem sempre contar com mais de uma opinião médica". (D.P.)