Os vereadores Claudio Miyake (PSDB), Mauro Araújo (MDB) e Diego de Amorim Martins (MDB), o Diegão, visitaram a Santa Casa de Misericórdia de Mogi das Cruzes, na manhã de ontem, após convite da diretoria da entidade. O encontro foi motivado pelas críticas formuladas pelo Legislativo, durante sessão na terça-feira, contra o hospital. Na ocasião, foi revelada uma decisão do governo do Estado de São Paulo de cobrar o reembolso do valor de R$ 1,5 milhão referente aos salários pagos a médicos contratados pelo governo que estavam atuando na Santa Casa do município simultaneamente.
O assunto foi levantado em sessão pelo emedebista Diegão. A entidade entrou com recurso na Justiça para não ressarcir o valor ao governo. "Fomos à Santa Casa até para criar um canal de informação sobre a devolução dessa verba. É importante esclarecer que não houve nenhuma má administração ou algum problema realizado pela Santa Casa, é importante esclarecer isso para que não fique uma impressão ruim", disse Miyake.
Na terça-feira, Diegão, além de falar sobre a devolução da verba, criticou outros pontos, como o Portal da Transparência da entidade. "Estamos levantando diversas informações e nem sequer o nome dos funcionários conseguimos encontrar no site", afirmou. Apesar da visita ao hospital, o parlamentar criticou a atuação do governo em relação à devolução do dinheiro. Para ele, o Estado está retirando R$ 1,5 milhão do contribuinte mogiano.
Já Araújo ressaltou que a visita foi proveitosa e que a situação atual que envolve a questão financeira da Santa Casa ocorreu em 2015. Para ele, a Secretaria de Estado da Saúde deve ouvir os mogianos. "Precisamos que a secretaria faça o serviço dela, que é escutar a cidade de Mogi, ver quais serviços foram prestados, os médicos que estavam presentes no local. Nos comprometemos a ajudar a Santa Casa", concluiu.
Segundo o gerente Operacional da Santa Casa, Mário José Calderaro, a devolução do valor aproximado de
R$ 1,5 milhão, que a Secretaria Estadual de Saúde solicita que o hospital efetue no prazo de dez dias, refere-se à prestação de serviços do programa Pró-Santa Casa, de 2015.
"O motivo alegado por eles (Secretaria Estadual de Saúde) é que a empresa que presta serviço no Setor de UTI Neonatal possui em seu quadro societário médicos que têm vínculo empregatício com o Estado, porém, a prestação de serviço destes profissionais é feita exclusivamente na Santa Casa, com horários não conflitantes em nenhum momento", explicou.