Mogi das Cruzes sediou uma ação especial realizadaontem pelo Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat) para lembrar o Dia Mundial do AVC. Promovido no Parque da Cidade, o encontro teve como objetivo alertar a população sobre os riscos do Acidente Vascular Cerebral, doença cardiovascular que mais mata pessoas na Região, depois do Infarto.
A iniciativa faz parte do Projeto AVC, desenvolvido em parceria com o Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, e teve várias atividades para conscientizar sobre a doença e estimular hábitos saudáveis. Além de palestras, o público de vários bairros da cidade praticaram exercícios físicos e também mediram os níveis de glicemia e pressão arterial, numa parceria com as Secretarias Municipais de Esportes e de Saúde e com a Universidade de Mogi das Cruzes (UMC).
"Hoje falaremos de prevenção e tratamento precoce do AVC, que não é uma doença que acontece por acaso. Existe uma série de fatores que levam ao AVC e que a população precisa ter ciência", destacou o prefeito de Arujá, José Luiz Monteiro, que representou o Conselho de Prefeitos do Condemat. "A orientação e a prevenção são muito importantes e nós só temos de agradecer por participar e aprender", acrescentou o secretário municipal de Saúde de Mogi das Cruzes, Francisco Bezerra.
Em 2018, o AVC foi responsável por 2.011 internações e 361 óbitos nas cidades do Alto Tietê. As estatísticas mostram que 1 em 4 pessoas, em média, terá um AVC durante a vida. A doença é a principal causa de incapacidade neurológica em pacientes.
"A cada 6 segundos alguém morre por AVC no mundo e se trata de uma doença que não distingue suas vítimas. Estar atento aos fatores de risco e, principalmente, saber identificar os sintomas para que o socorro seja rápido são fundamentais para aumentar as chances de sobrevivência e minimizar as sequelas", alerta o médico Gustavo Bittencourt, coordenador dos Setores Críticos do Hospital das Clínicas Luzia de Pinho Melo, que ministrou palestra no evento.
A meta do Projeto AVC é reduzir as estatísticas de mortes e também as sequelas pela doença. A iniciativa contempla etapas de treinamento de profissionais de saúde das redes municipais para um protocolo de atendimento e a conscientização da população. O objetivo com isso é possibilitar que as vítimas de AVC possam receber tratamento dentro das primeiras 4h30, o que aumenta as chances de sobrevivência e reduz os riscos de sequelas.