Os dados estatísticos divulgados ontem pela Secretária de Estado da Segurança Pública de São Paulo (SSP) revelam redução de 11,1% nos homicídios registrados em Mogi das Cruzes na comparação entre os nove primeiros meses de 2018 com igual período deste ano. Mesmo parecendo expressiva, a queda numérica não foi tão significativa como de outras cidades, já que em Mogi houve redução apenas de dois casos de mortes violentas entre os períodos. De janeiro a setembro do ano passado, 18 pessoas foram assassinadas, sendo que nos nove primeiros meses deste ano, 16 casos do tipo foram registrados.
A cidade acompanhou um movimento apresentado nos cinco municípios mais populosos do Alto Tietê (Mogi, Itaquaquecetuba, Suzano, Ferraz de Vasconcelos e Poá), o G5 da região. Com exceção de Ferraz de Vasconcelos, as outras cidades também apresentaram redução no número de assassinatos na comparação entre os períodos, que somada resulta em queda de 24% nas mortes violentas.
Mesmo não sendo a maior redução percentual, Itaquaquecetuba apresentou dados satisfatórios de controle dos assassinatos. De janeiro a setembro deste ano foram 14 mortes violentas, número inferior 51% em comparação com igual período do ano passado, quando foram registrados 29 casos do tipo.
Com maior redução percentual, entretanto com números menos expressivos, Poá também diminuiu o número de assassinatos, já que em 2018 foram seis mortes do tipo e até setembro deste ano apenas um caso - redução de 83%.
Assim como Mogi, Suzano também apresentou redução menos expressiva. Na cidade a queda foi ainda menor do que a vista em territórios mogianos: 5,55% com apenas uma ocorrência a menos (18 em 2018 contra 17 neste ano).
O destaque negativo ficou a cargo de Ferraz, que aumentou em 50% o número de mortes violentas, se tornando a única do G5 a apresentar elevação neste índice criminal. A redução de mortes no G5, inclusive, só não foi mais significativa justamente pelos dados ferrazenses. Foram cinco assassinatos de janeiro a setembro de 2018 ante dez em igual período deste ano. Caso as mortes violentas ocorridas em Ferraz se mantivessem em proporção ao apresentado no ano anterior (com cinco casos), a redução do G5 neste índice criminal seria de 30% - 6% maior do que os dados computados somando aos de Poá.
Roubo de veículos
Se por um lado houve redução nas mortes na comparação entre os períodos, em outros quatro índices criminais Mogi apresentou aumento no número de casos, com destaque negativo para o furto de veículos no qual a cidade apresentou elevação de 20,4%, já que de janeiro a setembro do ano passado, foram 421 veículos furtados contra 507 casos desta natureza nos nove primeiros meses deste anos