Com a possível implantação do pedágio em 2022 na Mogi-Dutra (SP-88), o estabelecimento que fica entre o km 45 e o km 46 da rodovia, a Casa do Queijo, deve ter prejuízos com as vendas. Uma das proprietárias, Thalita Martinez, explicou à reportagem que a loja irá sofrer bastante com a implementação da praça.
"Nós temos 45 famílias que trabalham no local e se deslocam diariamente de Mogi das Cruzes para o estabelecimento. Eu mesma passo por aquele trecho, no mínimo, quatro vezes por dia e isso também é trajetória de muitas pessoas que moram nos condomínios próximos", estimou.
Segundo Thalita, se o pedágio for construído no km 45 da rodovia, os moradores e os comerciantes terão de passar todos os dias pela praça para se locomoverem dentro do município e isso pode afetar o comércio que depende da movimentação de veículos na área.
A comerciante também disse que em muitas oportunidades sua mãe, proprietária do local, recebeu diversas notificações para deixar o estabelecimento e também avisos de que iriam demolir a propriedade. Segundo a filha, chegaram até a oferecer cerca de R$ 100 mil para a família construir o comércio em outro lugar, mas a proposta jamais foi aceita.
Os vereadores do município de Salesópolis, Edilson dos Santos (PSB) e Paulo Roberto (PL), participaram da audiência sobre a concessão do lote de rodovias do litoral paulista, para apontarem os problemas que o município pode enfrentar com a nova praça. Segundo Santos, o pedágio poderá contribuir no aumento das taxas de exportação e importação do município, que é conhecido como forte produtor na região. (N.T.)