O prefeito Rodrigo Ashiuchi (PL) participou anteontem da assinatura de convênio com a Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania que vai garantir nos próximos meses a instalação de uma unidade do Centro de Referência e Apoio à Vítima (Cravi) em Suzano. Este é mais um resultado da parceria entre os governos municipal e estadual após o trágico episódio envolvendo a Escola Estadual Professor Raul Brasil, em 13 de março deste ano.
Estiveram presentes na reunião, realizada em São Paulo, o chefe da pasta, Paulo Dimas Mascaretti; o coordenador do Cravi, Bruno Fedri; a supervisora técnica dos programas de Cidadania, Eliana Passarelli; e a presidente da Associação de Assistência a Mulher ao Adolescente e à Criança Esperança (Aamae), Silvia Rangel, que ficará responsável pela gestão da unidade em Suzano. Na oportunidade, também foram assinados convênios com as prefeituras de Santos, Araçatuba e São Vicente.
O Cravi completou 31 anos em 2019 e desde o início de suas atividades oferece atendimento público e gratuito a pessoas e familiares que foram alvo de crimes violentos. Em São Paulo, o trabalho está sediado no Fórum Criminal da Barra Funda. De acordo com a Secretaria de Estado da Justiça e da Cidadania, o programa já realizou mais de 39 mil atendimentos nas áreas psicossocial e jurídica.
A previsão é de que a futura unidade do Cravi em Suzano funcione no Paço Municipal e conte com uma equipe interdisciplinar especializada, formada por psicólogo, assistente social e auxiliar administrativo. Eles fazem a triagem e encaminham os usuários para serviços pertinentes às suas demandas.
De acordo com a coordenação do programa, antes de iniciarem o atendimento, os profissionais passarão por uma capacitação técnica ainda este ano na capital e, inicialmente, terão o acompanhamento de uma equipe estadual a cada 15 dias.
Ashiuchi agradeceu a concretização da medida e reiterou a importância da parceria entre município e Estado. "Após o ataque, várias ações já foram tomadas para acolher às vítimas", ressaltou.
Atendimentos
Com o ocorrido na Escola Estadual Professor Raul Brasil, equipes do Cravi realizaram um plantão psicológico às vítimas do crime. Até junho, foram feitos 572 atendimentos individuais e em grupos para estudantes, professores e funcionários nas dependências da unidade e ainda visitas domiciliares para as pessoas que não têm condições físicas ou psicológicas para retornarem à rotina
escolar.