As contas do prefeito de Itaquaquecetuba, Mamoru Nakashima (PSDB), referentes ao ano de 2015, foram rejeitadas anteontem pela Câmara de Vereadores. A reprovação seguiu o parecer do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que apontava inconsistências nos dados. Está é a segunda vez, apenas neste ano, que as contas do chefe do Executivo municipal são reprovadas. Em abril, os parlamentares rejeitaram o balanço referente a 2014, quando o tribunal também encontrou irregularidades nos números. Com a decisão, o prefeito Mamoru pode ficar inelegível pelos próximos oito anos.
A votação ocorreu no plenário da Casa de Leis com a presença de 17 dos 19 vereadores, sendo que nove deles foram contra e oito a favor do parecer do TCE. Mesmo sendo a maioria, o veto à decisão do tribunal não ocorreu, pois eram necessário dois terços do total de parlamentares para que o parecer não fosse aceito.
Da mesma forma que aconteceu em abril, o prefeito não compareceu à sessão da câmara ou encaminhou um representante para se defender.
Por meio de nota, a Prefeitura de Itaquá informou que a reprovação ocorreu porque não há outro caminho que não seja o TCE seguir extremamente a risca a legislação vigente. "Nesse sentido o relatório do TCE é frio, legalista, o que não pode ser diferente, onde já para o gestor existe a "obrigação de fazer", nas quais em inúmeras situações emergenciais e prioritárias, não se decide com a legislação debaixo do braço", destacou a administração municipal afirmando ainda que irá recorrer da decisão proferida "até as últimas instâncias".
Arquivamento
Em março deste ano, os vereadores arquivaram uma denúncia que acusava Mamoru por possíveis irregularidades cometidas em contratos com empresas de transporte público no final de 2018. Na oportunidade, o plenário da câmara foi palco para uma multidão de moradores que foi até a Casa de Leis para se manifestar. Acusações e gritos de ordem puderam ser ouvidos durante a sessão. Com a rejeição da denúncia, simpatizantes da atual gestão comemoraram a decisão.