Cerca de 70 famílias - das mais de 400 - que moram irregularmente embaixo das linhas de transmissão da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica (ISA/Cteep), em Jundiabepa, serão intimadas no final do próximo mês a deixarem a área, com prazo de 30 dias para que isso ocorra. A informação foi divulgada ontem pelo vereador Rodrigo Valverde (PT) durante seu tempo na tribuna, na sessão ordinária de ontem, realizada na Câmara de Vereadores.
"São quatro ações judiciais tramitando atualmente, sendo que uma dessas já foi expedida a liminar que autoriza a remoção de 70 famílias do local. Estamos tentando reverter esta liminar para que as famílias não tenham que deixar a área, porque elas não têm para onde ir", destacou o parlamentar.
Ainda de acordo com o vereador Valverde, a Prefeitura de Mogi das Cruzes está empenhada em ajudar estas e as outras 400 famílias que também sofrem com ações de despejo. Para tanto, hoje será realizada uma reunião entre representantes da administração municipal com esses moradores. "Espero que a prefeitura tenha um plano para ajudar essas pessoas e eu estarei de penetra nesta reunião para somar forças e ajudar nesta questão", destacou o parlamentar.
A Prefeitura de Mogi promoveu, no mês passado, uma reunião de trabalho com moradores das áreas sob concessão da Companhia de Transmissão de Energia Elétrica Paulista (CTEEP), em Jundiapeba, com o objetivo de abrir um diálogo direto entre o poder público municipal e as famílias, bem como informá-las sobre o posicionamento da administração municipal nesse caso.
De acordo com informações divulgadas pela Coordenadoria de Habitação da prefeitura, o déficit habitacional de Mogi das Cruzes é de aproximadamente 15 mil moradias, número que pode ser reduzido em breve, visto que o governador do Estado de São Paulo, João Doria (PSDB), revelou no final do mês passado que vai anunciar novidades para a área da Habitação em Mogi e demais municípios do Alto Tietê.
Diversas reuniões - com representantes da Câmara Municipal e com a Prefeitura de Mogi - foram realizadas para tratar do tema nos últimos meses, sempre com a expectativa por parte dos moradores de apresentação de uma solução para o problema.
Dentre as reivindicações dos moradores já discutidas com o Executivo municipal estão a criação de medidas de solução a médio e longo prazo, como a oferta em abrigos públicos temporários, o pagamento de auxílio-moradia ou a entrega de moradia definitiva. Além disso, a proposta solicita que informações sobre a situação das 459 famílias e as possíveis soluções estudadas pelo município sejam informadas.
*Texto supervisionado pelo editor.