A questão da segurança dos transportes por aplicativo é motivo de discussões em Mogi das Cruzes, mas não é um problema específico da cidade. Nos últimos meses, principalmente no distrito de Jundiapeba, houve registros de sequestro, assalto e até mesmo homicídio relacionados ao serviço, que resultou em uma manifestação da categoria na tarde de ontem (veja ao lado).
Tanto que o presidente da Associação de Motoristas por Aplicativo da Região do Alto Tietê (Amarati), Maicon Silva, estava preparando uma cartilha com recomendações para os motoristas, principalmente quando se depararem com situações suspeitas.
De acordo com os dados da Uber, por exemplo, empresa pioneira no transporte por aplicativo e que detém a maior parte dos motoristas, mais de cem cidades brasileiras contam com o serviço atualmente, de forma regularizada, sendo que em mais de 300 municípios já há presença de motoristas, mesmo que de forma irregular, como em Mogi, no qual a empresa opera se estar legalizada junto à prefeitura.
O próprio prefeito de Mogi, Marcus Melo (PSDB), em entrevista exclusiva com o Grupo Mogi News, admitiu que utiliza o transporte por aplicativo na cidade, o que demonstra ainda mais a importância do setor no mercado brasileiro - e mundial. Após a ExpoMogi, evento que comemorou o aniversário de 459 anos do município, a Prefeitura de Mogi divulgou o saldo financeiro da festa, e afirmou que os quatro dias de shows foram importantes também para os motoristas de transporte por aplicativo, que conquistaram um dinheiro extra.
Talvez por estes motivos, a prefeitura esteja encaminhando o projeto de lei à Câmara de Vereadores, com a alteração dos pontos sensíveis e conflitantes do regulamento, que fizeram com que as empresas de transporte não se cadastrassem para operar na cidade.
* Texto supervisionado pelo editor.