Cerca de dez motoristas de transporte por aplicativo do Alto Tietê se reuniram ontem em Mogi das Cruzes e seguiram em caravana até a Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). O grupo passou por Suzano para ganhar forças com outros dez condutores. Na capital, à noite, um protesto foi realizado contra o crescimento da violência em relação aos profissionais.
O motorista Wesley de Souza Gonçalves, de 27 anos, que trabalha na plataforma digital há cerca de um ano, conta que já enfrentou diversas situações. "Nós, motoristas, não temos tanta segurança com os aplicativos, principalmente com a 99, que não é tão restritiva na hora de fazer o cadastro'', apontou.
As motoristas Marcia Cristina Cardoso, 50, e Katia Cristina Almeida, 45, disseram que já estão há oito meses trabalhando na modalidade. Marcia afirmou que, por trabalhar no período noturno, já passou por riscos de assaltos em áreas mais afastadas.
Casos
Na semana passada, em Itaquá, o motorista Elvis Souza Leite, de 41 anos, foi surpreendido durante uma corrida e acabou estrangulado. Dois menores foram apreendidos e um suspeito continua foragido. No começo do mês, em Mogi, Valter Prado Filho foi torturado e esfaqueado por um grupo de jovens que utilizava o aplicativo para praticar roubos. Os quatro suspeitos estão presos. (N.T.)