Moradores do Conjunto Santo Ângelo, em Mogi das Cruzes - área que possui uma forte vocação rural - estão otimistas com o projeto de autoria do presidente Jair Bolsonaro (PSL) que amplia a posse de armas no campo. Agora, é permito carregar a arma por toda a área da propriedade. Antes, a lei previa a posse apenas na sede do imóvel.
O produtor rural Francisco Levandier, de 52 anos, possui um terreno com plantações de hortaliças e mudas de flores que são comercializadas ali mesmo, na vizinhança. O agricultor explicou que concorda com a lei que agora de expande a área da posse de arma, porém, por enquanto não pensa em adquirir nenhum armamento. "É muito boa essa ideia de dar mais espaço para os produtores, pois isso trará muito mais segurança'', questionou o morador.
O comerciante e produtor, que também vive em um imóvel rural no Santo Ângelo, Marcelo Porfirio da Silva, 37, classificou a nova medida como uma "ideia maravilhosa". "Já fui assaltado duas vezes aqui aonde eu moro, atualmente eu não tenho arma, mas com essa extensão da lei, vou tentar adquirir uma assim que eu tiver um dinheiro sobrando'', disse.
Com a presença da reportagem no local, alguns produtores aproveitaram para reclamar da falta de segurança na região. O agricultor Erico Henrique de Souza, 28, diz que eles (produtores rurais) estão desprotegidos em um local afastado e longe das unidades de polícia da cidade. "É muito interessante essa medida, pois existem muitas invasões de propriedade aqui no bairro'', apontou o agricultor da região.
O delegado seccional de Mogi, Jair Barbosa Ortiz, já havia apontado durante esta semana, que a nova medida não irá corrigir os problemas de roubo e furto da região, porque dar armas para a população não é a resposta, mas sim um sistema criminal capaz de fazer valer a lei penal.
*Texto supervisionado pelo editor.