Pacientes que recebem atendimento na Unidade da Farmácia de Medicamentos Excepcionais de Mogi das Cruzes têm enfrentado dificuldades para conseguir remédios. Morador informou que está há mais de dois meses tentando encontrar o remédio no local, mas até agora não conseguiu.
O aposentado Carmelino José da Silva, de 71 anos, disse que está há um bom tempo sem o medicamento para seu tratamento de glaucoma. O Travoprosta, remédio que necessita de receita médica atualizada a cada dois meses, custa em média R$ 80 na farmácias convencionais.
Silva informou que deveria retirar o Travoprosta, para uso diário, porém, alegou que o remédio sempre está em falta na unidade. "Pelo menos uma vez por semana eu passo na unidade e pergunto para os funcionários se o Travoprosta já está disponível e eles sempre respondem que está em falta. As vezes, eu até consigo comprar em outras farmácias, mas é muito caro'', disse. Outro problema é em relação à receita do medicamento. Sem o remédio, o morador precisa realizar todas as análises novamente para ter o documento atualizado, o que é "um procedimento muito cansativo''.
A Secretaria Estadual da Saúde informou que a compra e o fornecimento do medicamento é de incumbência do Ministério da Saúde, que possui responsabilidade da metade dos medicamentos de alto custo fornecidos na unidade.
De acordo com a pasta, foram solicitadas 67,4 mil unidades do medicamento, para atender os pacientes neste trimestre e o prazo para entrega era até 20 de junho, mas até o momento o órgão federal não fez o envio.
*Texto supervisionado pelo editor.