O rap, (termo que significa rhythm and poetry - em tradução livre, ritmo e poesia) é um estilo musical que surgiu na Jamaica, durante os anos de 1960, sendo uma das vertentes do movimeto hip hop. As letras das músicas desse gênero sã, geralmente, um retrato das dificuldades dos moradores de bairros periféricos. Em 1986, o estilo foi trazido para o Brasil, mais especificamente para São Paulo, onde dançarinos e Mc's se encontravam no metrô estação São Bento para cantar e dançar break (estilo de dança). Ainda hoje, o rap sofre preconceito por parte da população, pois muitas pessoas ainda acreditam se tratar de um ritmo musical violento da periferia. 
As batalhas de rima fazem parte do rap e foram criadas para que os cantores se expressem livremente. Elas tiveram início no Rio de Janeiro, no final da década de 1990. As batalhas são organizadas e produzidas por Mc's. Os desafiantes se inscrevem para competir entre si e mostram suas habilidades com as rimas em forma de canto que, invariavelmente, trazem críticas à sociedade. A primeira batalha que surgiu no Estado de São Paulo foi a Rinha de Mc's, no bairro do Grajaú, e depois a Batalha de Santa Cruz, próximo ao metrô Santa Cruz, na capital paulista.
Pro lado de cá
O cenário do rap no Alto Tietê é considerado forte pelos próprios participantes e organizadores. Muitos Mc's surgiram na região, como o Mc Rodrigo Goes e Mc Caverinha (atualmente conhecido em todo o país). Mogi das Cruzes conta com a terceira batalha de rima mais antiga do Estado de São Paulo. A Arena Mc foi fundada pelos Mc's Acme San, Nil e Break, em 2009, e acontecia na praça Oswaldo Cruz, no centro da cidade, conforme contou o rapper Acme, mogiano que há 22 anos canta profissionalmente. "Mogi tem grande importância no cenário das batalhas de rima. Muitos Mc's que hoje fazem sucesso Brasil afora já participaram de encontros aqui na cidade. Um dos motivos que nos levou a organizar esses eventos em Mogi foi porque tínhamos de ir até São Paulo todo sábado para participar dos duelos e isso era cansativo. Então, pensamos em criar uma batalha na cidade para fortalecer os artistas locais", explicou, acrescentando sobre as "regras" do evento. "Não são permitidos discursos de ódio, homofobia e machismo. Essas atitudes não devem existir em nenhum aspecto da sociedade", ressaltou.
*Texto supervisionado pelo editor.