Um levantamento realizado pelo Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), divulgado ontem, mostra que a Região Metropolitana de São Paulo registrou uma taxa de 1,8% de expansão do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano no período entre 2002 e 2018. A região faz parte das mais industrializadas e inclui as dez cidades do Alto Tietê: Arujá, Biritiba Mirim, Ferraz de Vasconcelos, Itaquaquecetuba, Guararema, Poá, Mogi das Cruzes, Santa Isabel, Suzano e Salesópolis.
No entanto, de acordo com o relatório, o desempenho industrial da Região Metropolitana é bem inferior aos demais de outras áreas industrializadas. Isso reflete na perda do dinamismo da economia, que pode estar associado ao processo de desarticulação do parque industrial da capital e da região do ABC, como explicou o Seade.
O professor de Ciências Contábeis da Faculdade Piaget, José Marcos de Oliveira Carvalho, explicou uma das prováveis razões do índice ainda ser baixo. "Infelizmente, nós enfrentamos um longo período de déficit nacional nos anos de 2010 até 2016, em que o PIB permaneceu negativo. Isso explica o baixo desempenho em alguns setores, já que ainda estamos em fase de recuperação econômica", analisou.
Carvalho afirmou ainda que medidas propostas pelo novo governo fazem parte do projeto de recuperação econômica brasileira. "É pela defasagem econômica que temos propostas como a reforma da Previdência, que apesar que gerar melhorias à longo prazo, entregará bons resultados para a recuperação das contas públicas", disse o docente.
Segundo o levantamento do Seade, a Região Metropolitana é responsável por 54,3% do PIB paulista e junto com Campinas, Sorocaba e São José dos Campos apresentou crescimento acumulado de 42,3% no período e média anual de 2,2%. (T.M.)