Para que o prejuízo com a nova legislação não fosse alto para os fornecedores de canudos plásticos, a indústria encontrou uma forma dinâmica de ficar em dia com as leis. É o que explica o presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas, Farmacêuticas e de Material Plástico de Suzano, Edison Alves da Silva. "Além dos canudos de papel, existem os canudos que visualmente são muito parecidos com os de plásticos. Neles, existe a adição de um composto que quebra as partículas do polipropileno e, por isso, tem o tempo de decomposição muito menor", explicou.
O polipropileno é o composto principal do plástico, que é um dos causadores da grande demora na decomposição dos produtos. "O mesmo aconteceu com as sacolas plásticas há anos atrás quando precisaram ser substituídas pelas biodegradáveis, que têm o mesmo aditivo dos novos canudos", completou o presidente. Além disso, Silva afirmou que tanto as sacolas quanto os canudos comuns demoram cerca de 100 anos para se decompor, já os de materiais biodegradáveis levam em média apenas dois anos.
De acordo com o presidente, a decisão em adicionar este composto foi a forma de evitar prejuízos para a indústria, considerando que algumas fábricas faziam a produção e o fornecimento apenas de canudos plásticos e, com a nova legislação, teriam fechado as portas. (T.M.)