A Prefeitura de Poá decidiu cancelar os desfiles de carnaval do ano que vem. A notícia foi oficializada na manhã de ontem pelo prefeito Marcos Borges (PPS), que se reuniu com presidentes de escolas de samba da cidade. Segundo a administração municipal, que atribuiu o cancelamento à atual situação que o País enfrenta e aos reflexos no Orçamento municipal, que impossibilitariam repasses para a realização da festa, a decisão foi consenso entre todas as partes envolvidas.
O prefeito afirmou que "entende e respeita o carnaval como uma manifestação cultural brasileira importante", mas que terá de seguir o mesmo caminho de outros prefeitos do Alto Tietê que também decidiram não realizar os desfiles em 2016 por causa da dificuldade financeira. Em Suzano, conforme o Dat mostrou ontem, o prefeito Paulo Tokuzumi (PSDB) já anunciou que o município não terá condições de realizar a festa.
"Ressalto que a situação encontra-se em nível nacional. Exemplo disso são os repasses que a cidade sempre recebeu, como, por exemplo, os do FPM (Fundo de Participação dos Municípios), que reduziram drasticamente. Por isso, em respeito ao trabalho de todas as agremiações, é meu dever informá-los", disse Borges na reunião.
Ele lembrou ainda que o carnaval foi tema da última reunião do Consórcio de Desenvolvimento dos Municípios do Alto Tietê (Condemat), que aconteceu anteontem. Na ocasião, outras prefeituras da região já afirmavam que não iriam realizar o festejo.
Na reunião, estiveram presentes os secretários municipais Angelo Biancolin (Indústria e Comércio) e Douglas Aspasio (Cultura); o vereador Lázaro Borges (PRB); e os seguintes representantes das escolas de samba de Poá: Elinaldo Pereira dos Santos, o Naco (comissão do carnaval); Mauro Ramos Amaral (presidente da Última Hora); Carlos Aparecido de Carvalho (presidente da União Poaense); José Tomaz Fernandes (presidente da Vila Júlia); Douglas da Silva (presidente da Trevo de Ouro); e Claralice Di Folco (Trevo de Ouro).